Estadão

Rússia ataca cidade do Zelensky com drones suicidas e Ucrânia retoma Lyman

A Rússia atacou a cidade natal do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e outros alvos neste domingo, 2, com drones suicidas, enquanto a Ucrânia retomou total controle de uma cidade estratégica no leste do país, Lyman, em uma contraofensiva que abre novo capítulo para a guerra.

O fato de Moscou ter perdido a cidade de Lyman, usada como centro de transportes e logística, é um novo revés para o Kremlin, no momento em que o regime russo busca uma escalada na guerra, ao anexar de modo ilegal quatro regiões da Ucrânia, além de ameaçar usar armas nucleares.

A anexação de regiões pelo presidente russo, Vladimir Putin, tem ameaçado levar o conflito para um novo nível perigoso. Isso levou a Ucrânia a pedir formalmente adesão à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), o que até este domingo já teve apoio de nove membros da aliança do centro e do Leste Europeu, temerosos de que a agressão russa possa mais adiante tê-los também como alvos.

Zelenskyy anunciou neste domingo em vídeo que suas forças agora controlam totalmente Lyman. Militares russos não comentaram hoje sobre Lyman, após anunciar no sábado que estavam retirando suas forças dali para posições mais favoráveis. Militares do Reino Unido descreveram a retomada de Lyman como um "revés político significativo" para Moscou, e a Ucrânia parecia rapidamente capitalizar seus ganhos.

No sul ucraniano, a cidade de Krivyi Rih, onde nasceu Zelensky, ficou sob ataque russo por um drone suicida que destruiu dois andares de uma escola no início de domingo, disse o governador da região. A Força Aérea ucraniana afirmou no domingo que derrubou durante a noite cinco drones feitos no Irã, enquanto dois outros escaparam das defesa aéreas. Ataques russos também atingiram a cidade de Zaporizhzhia, afirmaram autoridades ucranianas neste domingo.

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