O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Antonio Guterres, dá início nesta segunda-feira à mais longa sessão do Conselho de Direitos Humanos com a presença do ministro das Relações Exteriores do Irã, Hossein Amirabdollahian, do vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Ryabkov, e os principais diplomatas da França e da Alemanha, além outros líderes globais.
A sessão de mais de cinco semanas ocorre no momento em que a comunidade internacional enfrenta a guerra na Ucrânia, a repressão da dissidência na Rússia e em Belarus, nova onda de violência entre palestinos e israelenses e esforços para solidificar um acordo de paz na Etiópia.
A visita de Amirabdollahian ocorre após protestos contínuos no Irã deflagrados depois da morte, em setembro, de Mahsa Amini, de 22 anos, presa por supostamente violar o código de vestimenta para mulheres da República Islâmica.
A presença de Sergei Ryabkov no evento representa o retorno da Rússia a reuniões do Conselho com um porta-voz de alto nível, após o país ter suspendido sua participação no Conselho no ano passado, em boa medida porque a Assembleia Geral da ONU estava prestes a retirá-lo. Ryabkov, mais conhecido por sua experiência na área da defesa, deve comparecer às sessões na quinta-feira. Espera-se que o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, fale por mensagem de vídeo no mesmo dia.
Os EUA provavelmente tentarão manter a pressão sobre a China em relação a seu histórico de repressão a ativistas pró-democracia, preocupações de longa data sobre o Tibete e outras questões referentes à região ocidental de Xinjiang.
Entre outros itens de debate do Conselho estará também a possível renovação do mandato de uma equipe de especialistas, conhecida como Comissão de Inquérito, que trata do impacto da invasão da Ucrânia pela Rússia.
Fonte: Associated Press