Estadão

Rússia lança novos ataques de drones contra a Ucrânia após prometer retaliação

A Rússia lançou um novo ataque de drones à Ucrânia na noite de sábado, 30, depois de prometer que os ataques na cidade fronteiriça russa de Belgorod no mesmo dia "não ficariam impunes".

A Força Aérea Ucraniana disse neste domingo, 31, que abateu 21 dos 49 drones lançados pelas forças russas durante a noite.

Vinte e oito pessoas ficaram feridas em um ataque na cidade de Kharkiv, no leste, disse o governador regional Oleh Syniehubov no domingo. Um hotel central, prédios de apartamentos, jardim de infância, lojas e prédios administrativos sofreram danos, segundo a procuradoria regional.

Na região de Kiev, que circunda a capital, um ataque de drone russo causou um incêndio em uma instalação de infraestrutura crítica, disseram autoridades locais. Eles não identificaram a instalação além disso.

Os ataques russos ocorreram depois que um bombardeio no centro da cidade fronteiriça russa de Belgorod no sábado matou 24 pessoas, incluindo três crianças.

Outras 108 pessoas ficaram feridas no ataque, disse o governador regional Vyacheslav Gladkov no domingo, tornando-o um dos ataques mais mortais em solo russo desde o início da invasão da Ucrânia por Moscou, há 22 meses.

As autoridades russas acusaram Kiev de realizar o ataque, que ocorreu um dia depois de um bombardeio aéreo russo de 18 horas em toda a Ucrânia ter matado pelo menos 41 civis.

O Ministério da Defesa da Rússia disse ter identificado a munição usada no ataque de Belgorod como foguetes Vampire de fabricação tcheca e mísseis Olkha equipados com ogivas de munição de fragmentação. O órgão não forneceu informações adicionais e a Associated Press não conseguiu verificar as suas afirmações.

"Este crime não ficará impune", afirmou o ministério em comunicado nas redes sociais.

Em uma reunião de emergência no Conselho de Segurança da ONU exigida pela Rússia no sábado à noite, o enviado Vasily Nebenzya acusou Kiev de um "ataque terrorista". Em comentários veiculados pela mídia estatal russa, Nebenzya afirmou que a Ucrânia havia lançado "um ato deliberado de terrorismo dirigido contra civis".

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