Estadão

Rua Paim, no centro de SP, volta a registrar falta de luz; Enel diz adotar medidas

Após ao menos nove dias do apagão que deixou bairros do centro de São Paulo sem energia elétrica, moradores ainda relatam transtornos em alguns pontos da região. Na manhã da segunda-feira retrasada, 18, imóveis de Higienópolis, Bela Vista, Cerqueira César, Santa Cecília e Vila Buarque, foram afetados por falta de energia elétrica. Em imóveis da Rua Paim, a situação ainda persiste.

Na manhã desta terça-feira, 26, a Enel Distribuição São Paulo (Enel) disse que as regiões de Higienópolis, 25 de Março e Vila Buarque estão com fornecimento de energia.

"Em relação a Rua Paim, a companhia está neste momento fazendo a substituição de grupo de geradores e conectando os clientes da rua direto na rede elétrica da distribuidora, após a realização dos reparos na rede elétrica no local. "O trabalho na Rua Paim impacta clientes desta rua e do entorno, como na Rua Piauí, e será concluído nas próximas horas", garantiu a concessionária.

Por meio das redes sociais, moradores da Rua Paim ainda relatam falta de energia. Em protesto, programam uma manifestação para a tarde desta terça-feira. Há ainda queixas de munícipes que já estavam com luz, mas tiveram novamente o fornecimento de energia, enquanto a equipe da Enel está atuando na região.

<b>Relembre o apagão</b>

Na manhã do dia 18 de março, os bairros de Higienópolis, Bela Vista, Cerqueira César, Santa Cecília e Vila Buarque, no centro de São Paulo, foram afetados por um apagão da rede elétrica. Em decorrência da falta de energia, moradores também chegaram a ficar sem abastecimento de água, pois a bomba para abastecer as caixas dágua de muitos prédios funciona a base de energia elétrica.

A responsável pela distribuição, Enel, informou que uma escavação realizada pela Sabesp, Companhia de Saneamento Básico do Estado, atingiu acidentalmente cabos da rede subterrânea da distribuidora o que teria causado interrupção no fornecimento de energia em parte da região central.

A informação foi contestada pela Sabesp, que alegou não ter identificado danos na rede elétrica a partir de avaliações preliminares nos trabalhos realizados no local.

Três dias depois, a concessionária informou que cerca de mil clientes seguiam com o fornecimento de energia suprido por geradores até que fossem concluídos os reparos e conectados a rede da distribuidora. Sem uma solução definitiva, moradores ainda relatam falta de energia em alguns pontos da região central da cidade.

O prefeito da cidade de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), voltou a denunciar a Enel ainda na semana passada. "A Prefeitura de São Paulo irá representar novamente contra a Enel junto ao governo federal, através da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e do Tribunal de Contas da União (TCU), publicou ele nas redes sociais.

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, anteriormente, também cobrou a Enel sobre a capacidade de atuar nas concessões de distribuição de energia no Brasil. O comunicado veio após o apagão que impactou cerca de 35 mil moradores, afetando hospitais, comércio e outras atividades.

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