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Rubem Fonseca está entre os vencedores do Prêmio Jabuti

O Prêmio Jabuti anunciou na tarde desta quinta-feira, dia 16, os três primeiros colocados das 27 categorias de sua premiação anual. Entre os vencedores estão Bernardo Carvalho (romance), Rubem Fonseca (conto), Lira Neto (biografia), Laurentino Gomes (reportagem), Marina Colasanti (infantil), Meire de Oliveira (ilustração), Ricardo Azevedo (juvenil) e Renato Moriconi (ilustração infantil ou juvenil). O Jabuti é a mais completa premiação do mercado editorial brasileiro, e reconhece obras de diferentes gêneros – do romance à economia – e as diversas etapas de produção de um livro – da tradução à capa.

Nesta 56.ª edição, foram inscritos 2.240 livros publicados em 2013. No ano passado, concorreram 2.050 obras. O primeiro colocado ganha R$ 3.500 e o troféu. Os outros dois ganham apenas o troféu. A cerimônia de premiação será no dia 18 de novembro, no Auditório do Ibirapuera, quando serão revelados os vencedores do Livro do Ano Ficção e Livro do Ano Não Ficção, que paga mais R$ 35 mil. A organização ainda discute se os três vencedores subirão ao palco – decisão que pode agilizar a longa festa, mas também esvaziá-la.

Depois do famoso caso do jurado C, que em 2012 acabou manipulando as notas e escolhendo, sozinho, o romancista vencedor, a comissão organizadora mudou o regulamento. Este ano, no entanto, houve nova tentativa de manipulação, mas na categoria conto e crônica. O jurado B deu 8, a nota mínima, a Rubem Fonseca, Luiz Vilela, Milton Hatoum e Antonio Prata, 10 para João Vereza e seu Noveletas, que já ganhou o Prêmio Sesc, e entre 8 e 9 aos demais candidatos. Ele, no entanto, não conseguiu tirar seus preteridos do páreo. Fonseca ficou em primeiro lugar, Vilela em segundo e Prata e Hatoum dividiram o terceiro lugar.

O contrato que os jurados assinam com a Câmara Brasileira do Livro diz que eles não podem repetir notas em seu julgamento, mas muitos fizeram isso e a comissão optou por validar os votos. Novas alterações devem ser feitas no regulamento da próxima edição para evitar esses erros.

Confusão também envolvendo a categoria capa e outro jurado B, que deixou de votar nos livros Maquiagem, que tem capa de Luciana Molisani, Marcos Costa, Paschoal Rodriguez, e Luz Antiga, de Luciana Facchini, que tinham recebido boas notas do primeiro jurado. A auditoria Parker Randall Brasil disse que no ano passado sugeriu algumas mudanças no regulamento para evitar que um jurado prejudicasse uma obra e que nada foi feito, ou seja, há um erro no regulamento e a comissão organizadora resolveu questão dando a nota mínima para os dois títulos. Maquiagem acabou em quarto lugar na lista final.

Na categoria Arte e Fotografia, que, por causa de empate, contava com 20 finalistas, um dos jurados resolveu descartar 10 obras e concentrar seus votos nas 10 que ele considerava principais. A comissão julgadora também optou por dar 8 para as obras que foram excluídas pelo jurado. O mesmo ocorreu em Economia, Administração e Negócios, que contava com 11 finalistas.

O jornalista Lira Neto, que no ano passado ficou em terceiro lugar com Getúlio: Dos Anos de Formação à Conquista do Poder (1882-1930), o primeiro de sua trilogia, conquistou, desta vez, a primeira colocação em biografia. Seu título Getúlio – Do Governo Provisório à Ditadura do Estado Novo (1930-1945) desbancou Wilson Baptista: O Samba foi sua Glória, de Rodrigo Alzuguir, o segundo colocado, e O Castelo de Papel, livro de Mary del Priore que ficou em terceiro lugar. Laurentino Gomes conquistou seu terceiro Jabuti pela trilogia sobre a história do Brasil.

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