Esportes

Rúgbi convoca para a Olimpíada e amplia lista de naturalizados no Time Brasil

A Confederação Brasileira de Rúgbi (CBRu) anunciou nesta sexta-feira a lista de convocados para os Jogos Olímpicos do Rio. Entre os 12 homens e 12 mulheres chamados estão seis atletas que alteraram suas nacionalidades esportivas para poderem defender o Brasil no Rio-2016.

Esses atletas estão sendo chamados de “brasileiros de plástico”, em uma referência à expressão usada há quatro anos pela imprensa do Reino Unido, que passou a chamar de “Plastic Brit” os atletas de diferentes nacionalidades que, por vias diversas, defenderam a Grã-Bretanha nos Jogos de Londres.

No caso do rúgbi brasileiro, esse processo foi escancarado pela CBRu, que em 2013 lançou uma campanha internacional para encontrar atletas estrangeiros em condições de jogar pelo Brasil. “Se você tem os requisitos (para ter cidadania brasileira) e acredita que tem o porte atlético, a habilidade, a paixão e a vontade de representar o Brasil, então a gente quer ouvir isso de você”, dizia a carta distribuída pela CBRu.

A campanha deu resultados. No time masculino, são cinco atletas com dupla nacionalidade. Os irmãos gêmeos Daniel e Felipe Sancery nasceram em Campinas, mas desde os quatro anos moram na França. Juliano Fiori é carioca, filho de pai brasileiro, mas cresceu na Inglaterra, enquanto Stefano Giantorno, de mãe brasileira, foi aos 2 anos para a Argentina e lá cresceu. Por fim, Laurent Bourda-Couhet também é francês.

Na equipe feminina, a “gringa” é Isadora Cerullo, filha de brasileiros, mas nascida e criada nos Estados Unidos. Quase todos chegaram à equipe verde-amarela depois da campanha da CBRu. A própria Isadora foi convocada após enviar um DVD à confederação.

Os dois times, porém, ainda terão uma maioria de atletas formados no rúgbi brasileiro. No masculino foram convocados Lucas Duque (capitão), André Silva, Arthur Bergo, Daniel Sancery, Felipe Sancery, Felipe Silva, Gustavo Albuquerque, Juliano Fiori, Laurent Bourda-Couhet, Martin Schaefer, Moisés Duque e Stefano Giantorno.

No feminino, o time terá: Paula Ishibashi (capitã), Amanda Araújo, Beatriz Futuro, Claudia Teles, Edna Santini, Haline Scatrut, Isadora Cerullo, Júlia Sardá, Juliana Esteves, Luiza Campos, Raquel Kochhann e Tais Balconi.

Na reestreia do rúgbi no programa olímpico após 92 anos, a disputa será na versão sevens, que tem jogos mais curtos, de 10 minutos, e sete atletas em cada time (contra 15 do chamado rúgbi XV). Toda a competição feminina será entre 6 e 8 de agosto, enquanto que a masculina vai de 9 a 11, sempre no estádio provisório construído em Deodoro.

No feminino, o Brasil caiu no grupo contra Canadá, Grã-Bretanha e Japão. Vencer as canadenses e as britânicas é muito improvável, mas se conseguir bater as japonesas as brasileiras podem brigar por uma vaga nas quartas de final – dois dos três terceiros colocados avançam.

Já entre os homens o Brasil caiu no mesmo grupo que EUA, Argentina e Fiji. A seleção brasileira, pelo que mostrou no World Series, tem nível muito abaixo dos rivais. Este ano, fez 13 jogos oficiais e sofreu 12 derrotas, empatando só contra o Marrocos, quando já estava eliminado na segunda divisão mundial.

Posso ajudar?