O presidente nacional do PT, Rui Falcão, reconheceu, em discurso no 3º Congresso das Direções Zonais do PT São Paulo, que está sendo realizado na noite desta sexta-feira, 24, em São Paulo, que o momento é muito difícil. “Estamos realizando dezenas de atividades em todo o País porque mais do que o PT, é preciso unir as forças progressistas, os movimentos sociais e toda esquerda, para garantir a democracia, o resultado das eleições e a não revogação dos direitos da classe trabalhadora.”
No breve pronunciamento, o dirigente petista fez uma menção, indireta, aos escândalos que atingiram integrantes da legenda. “Quem erra no caminho ético não pode continuar em nossas fileiras (PT), essa é uma regra que os outros (partidos) não aplicam.” E voltou a dizer que o PT não vai mais permitir doações de empresas. Por isso, pediu empenho na arrecadação de fundos pelos militantes, explicando que isso terá de ser feito ou por cheque ou por boleto bancário, a fim de que se preste contas à Justiça Eleitoral.
“O ingresso no financiamento empresarial foi a entrada do mal. Os outros (partidos) não tem moral para cobrar a gente, eles instituíram esse sistema e não querem abrir mão dele”, disse Falcão, reiterando que a corrupção sempre existiu.
Para Falcão, é importante o PT se mobilizar. “Não é a primeira vez que nos atacam”, disse, lembrando episódio do sequestro do empresário Abílio Diniz, que tentaram imputar a militantes da sigla. O dirigente nacional da legenda, disse que o PT está sendo criticado por suas virtudes e não pelos erros. “Querem nos cobrir com a lama da hipocrisia deles (adversários).”
E como o presidente nacional da CUT, disse que o partido irá pedir à presidente Dilma Rousseff que vete o PL 4330, caso ele seja aprovado pelo Congresso.