Esportes

Rússia está fora da Paralimpíada de Inverno, mas terá atletas com bandeira neutra

A Rússia teve a sua participação na Paralimpíada de Inverno de 2018, marcada para ocorrer entre os dias 8 e 18 de março, em Pyeongchang, na Coreia do Sul, oficialmente vetada nesta segunda-feira. O Comitê Paralímpico Internacional (IPC, na sigla em inglês) anunciou que manteve a suspensão ao país, punido por envolvimento em grande escândalo de doping, mas a entidade informou que de 30 a 35 atletas poderão competir sob bandeira neutra em cinco modalidades do grande evento.

Situação semelhante ocorreu com os russos para a próxima edição dos Jogos Paralímpicos de Inverno, que serão entre 9 e 25 de fevereiro, também em Pyeongchang. A nação também foi impedida de disputar a competição por causa do esquema de dopagem revelado nos últimos anos, mas também contou com 169 atletas convidados a participar do evento na condição de neutros.

Os competidores russos liberados a competir na Paralimpíada de Inverno nesta condição poderão estar presentes nas disputas do esqui alpino, o biatlo, do esqui cross-country, do snowboard e do curling em cadeira de rodas em solo sul-coreano.

“Não recompensamos a Rússia, mas permitimos que esportistas que cremos que estão limpos compitam sob uma bandeira neutra”, ressaltou o Andrew Parsons, presidente do IPC, nesta segunda-feira, em Bonn, cidade que abriga a sede da entidade na Alemanha.

Esta será a segunda edição dos Jogos Paralímpicos sem a presença da Rússia como nação no quadro de medalhas. A primeira ocorreu na Paralimpíada do Rio, no ano passado, mas Parsons reconheceu que o país avançou no combate ao doping.

“No verão de 2016, o sistema antidoping da Rússia foi considerado totalmente comprometido, corrompido e aberto a abusos. Isso tornou impossível saber quais paratletas russos estavam limpos e quais não estavam… Dezessete meses depois, nós temos uma situação diferente na Rússia e é importante que, mais uma vez, nossa decisão seja necessária e proporcional ao que estamos vendo”, destacou o dirigente.

Os russos que forem liberados para competir nesta próxima Paralimpíada também terão de passar por controles antidoping adicionais e participar de um curso sobre a luta contra o uso de substâncias proibidas no esporte.

Antes desta nova decisão anunciada nesta segunda-feira, o IPC suspendeu a Rússia em agosto de 2015, então quando a entidade ainda era comandada por Philip Craven, antecessor de Parsons na presidência da entidade. Na ocasião, o dirigente descreveu o uso de doping como uma prática endêmica no esporte russo.

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