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Sabesp desconsidera racionamento de água em SP neste ano

A Sabesp não considera a possibilidade de um racionamento de água ainda este ano, disse na tarde desta terça-feira, 19 o superintendente da produção de água da Região Metropolitana da companhia paulista, Marco Antônio Barros. “Não existe um planejamento da nossa parte ou um horizonte para a aplicação de um racionamento”, disse ao ser questionado sobre qual seria o ponto em que a companhia seria obrigada a determinar a necessidade da restrição.

O superintendente acrescentou que a companhia está intensificando as ações para redução de perdas e realiza novas obras para ampliar a integração dos sistemas, além de contar com a adesão dos clientes ao programa de bônus na conta, para economia no consumo superior a 20%.

Barros lembrou ainda da possibilidade de retirada de mais reserva técnica do sistema Cantareira – a companhia já obteve autorização para extrair da reserva técnica adicionais 106 bilhões de litros. “Isso afasta essa possibilidade (de racionamento) este ano.”

Ele afirmou que as ações que a companhia está tomando desde o início do ano “são justamente para usar de uma maneira melhor a água disponível no sistema sem a necessidade de uma medida radical.”

Para o diretor Econômico-Financeiro e de Relações com Investidores da Sabesp, Rui Affonso, medidas de racionamento e rodízio devem ser as últimas alternativas diante de uma crise hidrológica. “Quem está adotando neste momento o racionamento (vários municípios no interior de São Paulo o adotaram) está fazendo porque não tem alternativa, e não por convicção técnica ou institucional”, afirmou.

Affonso considerou que rodízio e racionamento são medidas “iníquas” e que “aumentam a desigualdade no tratamento de seus consumidores”. “Tratar igualmente os desiguais é aumentar a desigualdade, essa é a nossa convicção”, disse, justificando que grandes empresas, que têm grandes áreas de reserva de água, não seriam afetadas pelo racionamento.

Alto Tietê

A Sabesp ainda não está considerando a utilização da reserva técnica, também chamado de volume morto, do sistema Alto Tietê, disse o superintendente de Captação de Recursos e Relações com Investidores da companhia, Mario Sampaio.

De acordo com ele, a companhia está concluindo estudos sobre essa reserva técnica, mas ainda não há uma definição sobre seu uso. “O planejamento da empresa indica que vamos trabalhar com o volume útil (do Alto Tietê). Tem o estudo, se necessário (o uso do volume morto), está identificado, mas no planejamento da empresa isso não está contemplado na execução”, disse, durante teleconferência.

Atualmente, o nível do reservatório do Sistema Alto Tietê está em 17,9%. Rui Affonso explicou que esse porcentual reflete o fato de a companhia estar utilizando água desse sistema para atender parte da demanda de clientes normalmente atendidos pelo sistema Cantareira.

Conforme a companhia, cerca de 1 milhão de consumidores que eram abastecidos pelo Cantareira passaram a ser atendidos pelo Alto Tietê.

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