A redução da pressão da água durante a noite em São Paulo será “intensificada” e vai “perpetuar-se”, segundo o superintendente de produção de água da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), Marco Antônio Lopez de Barros, em entrevista ao programa Fantástico de domingo, 9.
“É uma condição que vai perpetuar-se dessa forma, porque é a melhor condição para o aproveitamento da água sem desgaste da tubulação e sem desperdício. Essa é a herança que a crise nos trará”, disse.
A medida provoca falta de água em algumas regiões da cidade, diariamente, entre as 22h e 6h, prejudicando quem depende exclusivamente da água da rua. A redução da pressão foi revelada pelo jornal O Estado de S. Paulo em abril.
Na entrevista, o superintendente negou que seja uma medida de restrição de abastecimento de água. “Não está tendo racionamento. Não existe corte como foi falado, não existe nenhuma situação onde a Sabesp deliberadamente provoque cortes. O que a Sabesp está fazendo é a gestão de pressão durante o período da noite.”
Segundo o engenheiro Antonio Carlos Zuffo, professor de Hidrologia da Unicamp, a medida faz com que a Sabesp reduza as perdas de água nas tubulações da companhia. “Essa redução a Sabesp já fazia antes da crise, justamente para reduzir os vazamentos das redes.”
A companhia afirmou, em nota, que a medida faz parte do Programa de Redução de Perdas e “reduz o desperdício e o desgaste da tubulação”. Ainda de acordo com a Sabesp, a redução da pressão é feita desde 2007. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.