O ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, entregou na manhã desta quinta-feira, 12, ao ministro da Economia, Paulo Guedes, o pedido para início dos estudos para as privatizações da Petrobras e da Pré-Sal Petróleo SA (PPSA), estatal responsável pelos contratos da União no pré-sal. Segundo Guedes, as solicitações devem ser encaminhadas ainda hoje para a Secretaria Especial do Programa de Parcerias de Investimentos.
O anúncio das análises para as desestatizações, classificadas como "a libertação do povo brasileiro contra os monopólios" pelo novo ministro, foi feito na quarta-feira, 11, durante a primeira declaração de Sachsida como ministro de Minas e Energia.
Sachsida assume a pasta no lugar do ex-ministro Bento Albuquerque, que não resistiu à insatisfação do presidente Jair Bolsonaro aos reajustes nos preços dos combustíveis feitos pela Petrobras.
"Aqui está meu primeiro ato como Ministro de Minas e Energia, a solicitação formal para que se inicie os estudos que visam o começo do processo de desestatização da PPSA e da Petrobras. Espero que no período mais rápido de tempo possível tenhamos essa resolução pronta e levamos para o presidente Jair Bolsonaro assinar esse decreto e começar esse processo aguardado pelo povo brasileiro", afirmou Sachsida. "É a libertação do povo brasileiro contra os monopólios."
Questionado sobre os prazos para os estudos, Guedes afirmou que encaminhará as solicitações imediatamente ao PPI para que seja feita uma resolução "ad referendum", o que significa poder definir medidas de forma individual, para dar sequência aos estudos para a PPSA e, depois, para a Petrobrás.
Durante sua declaração, o ministro respondeu a sindicalistas que gritavam em frente à sede da pasta. "Queria que todos soubessem que nós sempre respeitamos, como uma democracia, respeitamos os vencedores das eleições. Quando alguém, eu não quero falar de quem roubou a Petrobras, assaltou a Petrobras. Durante anos roubaram, foram condenados e eu não quero falar isso. Quero simplesmente receber como um programa de governo, que teve 60 milhões de votos, receber o pedido do novo ministro. Nós vamos devolver ao povo brasileiro o que é deles."