Neste sábado, último dia do evento-teste da vela promovido no Rio de Janeiro como preparação para a Olimpíada de 2016, as atenções ficaram concentradas em um episódio ocorrido na última quinta-feira, mas que só foi divulgado agora: um saco plástico teria atrapalhado uma dupla competidora, fato que renovou a polêmica sobre a sujeira na Baía de Guanabara um ano antes da realização dos Jogos Olímpicos.
O ex-velejador Lars Grael, de 51 anos, presidente da Comissão Nacional de Atletas, contou que os brasileiros Samuel Albrecht e Isabel Swan, competidores da classe Nacra, foram prejudicados pela sujeira.
Segundo Grael, Samuel e Isabel Swan tiveram uma regata em que um plástico grande ficou preso no leme deles, e isso foi fora da baía. Ainda de acordo com o ex-velejador, o leme deles desarmou e o barco então saiu do rumo. Com isso, eles tiveram uma capotagem e atribuíram isso ao plástico.
Para Grael, o fato pode ocorrer de forma acidental, mas não pode acontecer durante a Olimpíada. A dupla brasileira terminou a competição em 15º lugar na categoria Nacra.
O Comitê Rio 2016 classificou o episódio como um fato isolado, inclusive por ter ocorrido em mar aberto. O evento-teste usou seis raias, três delas fora da Baía de Guanabara.
“Sempre há o que melhorar, e vamos continuar trabalhando, mas a avaliação final é muito positiva”, disse Walter Boddener, gerente de Vela do Comitê Rio 2016. Ele ressaltou que, mesmo em reforma, a Marina da Glória foi aprovada para sediar a disputa.
Realizado do último sábado até este sábado, o evento-teste da vela rendeu apenas uma medalha para o Brasil nas dez categorias disputadas. Martine Grael e Kahena Kunze ganharam o ouro na classe 49er FX feminina.