O Brasil criou 2.037.982 vagas com carteira assinada em 2022, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta terça-feira, 31, pelo Ministério do Trabalho. O resultado decorreu de 22.648.395 de admissões e de 20.610.413 de demissões. Em 2021 foram criadas 2.776.733 vagas, na série com ajustes.
O resultado ficou menor do que a mediana positiva de 2,100 milhões de postos de trabalho, conforme a mediana das estimativas na pesquisa do <b>Projeções Broadcast</b>, cujo intervalo ia de abertura líquida de 1.975.434 a 2.200.000 de vagas.
Após a criação de 130.545 vagas em novembro (dado agora revisado), o mercado de trabalho formal registrou um saldo negativo de 431.011 vagas com carteiras assinadas em dezembro. O resultado decorreu de 1.382.923 admissões e de 1.813.934 demissões.
O dado mensal do Caged ficou mais negativo do que a mediana das expectativas que apontava para fechamento de 340 mil. As projeções eram de encerramento de 464.173 mil postos formais a 282 mil.
A abertura líquida de 2.037.982 vagas de trabalho com carteira assinada em 2022 no Caged foi puxada pelo desempenho do setor de serviços, com a criação de 1.176.502 postos formais, seguido pelo comércio, que abriu 350.110 vagas.
Na indústria em geral, houve a criação de 251.868 vagas de janeiro a dezembro do ano passado, enquanto houve um saldo positivo de 194.444 postos de trabalho na construção civil. Na agropecuária, foram abertas 65.062 vagas em 2022.
No ano passado, em todas as 27 Unidades da Federação foram registrados resultados positivos no Caged. O melhor desempenho foi novamente registrado em São Paulo, com a abertura de 560.986 postos de trabalho.
O salário médio de admissão nos empregos com carteira assinada chegou a R$ 1.944,17 em 2022. Comparado ao ano anterior, houve redução real de R$ 90,99.
Já o fechamento de 431.011 vagas em dezembro também foi puxado pelo setor de serviços, que acumulou um saldo negativo de 188.064 postos de trabalho no mês, seguido da indústria geral, que fechou 114.246 vagas.
Na construção, houve o fechamento de 74.505 postos; a agricultura registrou o saldo negativo de 36.921 vagas e o comércio fechou 17.275 postos.