Mais um Dia das Crianças é comemorado sem muitos motivos. Afinal, dói demais na alma de qualquer cidadão de bem ver um pequeno se equilibrando na ponta dos pés para alcançar a janela de um carro, em qualquer esquina da cidade, em busca de algumas poucas moedas. Também dói demais perceber que, por trás desses infelizes, há pais e mães – muitos de aluguel – que os exploram, sem qualquer constrangimento. Também é triste perceber que os poderes públicos, em seus diferentes níveis, pouco fazem para reverter esse tipo de situação, fruto da falta de investimentos
na educação, principalmente na base.
Talvez, se os políticos – independente das cores partidárias que vestissem – fizessem um pacto nacional por nossas crianças, a situação poderia até ser corrigida. Para tanto, porém, longe de parecer uma utopia, seria fundamental que as políticas educacionais extrapolassem os mandatos de um outro prefeito, governador ou presidente. Nesses momentos, impossível não citar um político,
que merece respeito, por ter trilhado toda sua história em defesa da educação. Trata-se do senador Cristóvão Buarque (PDT-DF), que aparece em todas as avaliações parlamentares na ponta de cima dos rankings, justamente por basear suas atuação pautado por melhorar as condições de ensino de nossas crianças.
Quando foi candidato a presidente da República, em 2002, tinha como seu projeto de governo uma revolução educacional. Defendia que só teríamos um país melhor quando todas as crianças estivessem matriculadas em uma escola. E não só isso. Em estabelecimentos de ensino, que seguissem uma linha educacional, com mestres devidamente valorizados e assim por diante.
Mas há ainda que se acreditar que outros políticos possam sim promover, em suas áreas de atuação a tal revolução na educação.
Tanto no município, no estado ou no país, preza-se que nossos pequenos possam ter a oportunidade de aprender. E que possam sonhar em subir na vida. Não equilibrados nas pontas dos pés, para obter uma moeda, mas embasados no conhecimento que poderão adquirir ao longo de suas histórias. Assim, quem sabe, não precisaremos mais engolir seco a cada pequeno que implora um trocado. Que eles tenham o direito de ter a oportunidade de pelo menos sonhar.