Violações das sanções lideradas pelos Estados Unidos devem ter ocorrido em vendas de petróleo de portos asiáticos da Rússia, segundo um estudo publicado nesta quarta-feira, 26. A conclusão é baseada na análise de embarques alfândega e outros dados, e mostra "a urgente necessidade de uma imposição mais rigorosa", afirma o trabalho, escrito por pesquisadores da Escola de Economia de Kiev.
Sob as sanções, os EUA e aliados proibiram empresas em suas jurisdições de facilitar exportações, a menos que o petróleo seja vendido abaixo de US$ 60 o barril. Autoridades ocidentais dizem que seu plano tinha dois objetivos: conter o fluxo de dinheiro do petróleo para Moscou que financia a guerra da Ucrânia; e também não prejudicar os mercados de energia globais.
O principal petróleo russo, do tipo Ural, é negociado abaixo de US$ 60, mas os preços chegaram a romper a marca. Em março, Moscou conseguiu US$ 73 o barril por um tipo diferente de óleo, chamado Espo, exportado do porto russo no Pacífico de Kozmino, segundo o estudo.
Metade dos embarques de navio-tanque de Kozmino no primeiro trimestre envolveu embarcações mantidas ou seguradas por empresas em países que impuseram as sanções, diz o estudo. Isso aponta para "consideráveis violações potenciais do limite de preço". Autoridades nos EUA e na Europa dizem não ver até agora evidência de evasão disseminada das sanções.