A presidente mundial do Santander, Ana Botín, anunciou nesta quinta-feira, 27, em audiência com a presidente Dilma Rousseff, mais US$ 10 bilhões para o financiamento dos projetos de infraestrutura no Brasil. O montante se soma aos outros US$ 10 bilhões disponibilizados no ano passado e já liberados, totalizando US$ 20 bilhões em apoio ao Programa de Desenvolvimento de Infraestrutura.
“O Brasil é estratégico para o Grupo Santander. Somente este ano, já investimos mais de US$ 4 bilhões e continuaremos a investir, pois temos plena confiança no desenvolvimento do País”, ressalta Ana, em nota à imprensa.
A executiva reafirmou também o apoio do Santander às pequenas e médias empresas. No Brasil, o segmento está no foco de negócios do banco que prepara para o primeiro trimestre de 2015 um programa feito sob medida para esse público. A iniciativa inclui não só linhas de crédito e produtos específicos, mas assessoria para que essas companhias administrem bem os seus negócios.
“As pequenas e médias empresas são fundamentais para o desenvolvimento social e econômico do País, devido ao seu papel de grande geradoras de emprego e renda. Por isso, queremos estar cada vez mais próximos delas”, afirma Ana.
No comando global do Santander desde setembro último, a executiva assumiu o posto após o falecimento do seu pai, Emílio Botín. É a primeira vez que vem ao Brasil. Seu pai, com bom trâmite no governo reeleito, visitava o Brasil com frequência, principalmente, em novembro, quando vinha para participar da entrega de bolsas de estudos para estudar no exterior que o Santander patrocina a estudantes brasileiros e também para a Fórmula 1, pela qual era apaixonado.
Quando visitava o Brasil, o presidente do Santander sempre fazia questão de reforçar a importância da unidade para o conglomerado. A última visita, porém, foi acompanhada da polêmica com uma análise enviada em extrato para clientes de alta renda apontando o risco de deterioração da economia brasileira em caso de reeleição da presidente Dilma Rousseff.
O Santander no Brasil encerrou setembro com R$ 514,938 bilhões em ativos e patrimônio líquido de R$ 50,496 bilhões. Sua carteira de crédito, incluindo as outras operações com risco de crédito, ativos de adquirência e avais e fianças, totalizou R$ 293,138 bilhões no período. Em outubro, o Santander Espanha fez uma oferta de recompra no Brasil e passou a deter 88,30% do capital social total da unidade brasileira.