O Santander Brasil está trabalhando conjuntamente uma solução para a Sete Brasil, empresa criada para construir navios-sonda para a Petrobras explorar o pré-sal, da qual é sócio, e para o setor de óleo e gás, segundo Jesús Zabalza, presidente do banco. Ele não detalhou, porém, como será essa solução, pois alegou que a empresa é cliente da instituição. Disse apenas, em teleconferência com a imprensa, que a Sete Brasil é de um “setor importante”.
O Santander é acionista da Sete Brasil em conjunto com Bradesco, BTG Pactual, Previ, Petros, Funcef, Valia e a própria Petrobras, entre outros. Semana passada, o Ministério Público de Contas (MPC), que atua junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), pediu à corte que suspenda empréstimos da Caixa e do Banco do Brasil à Sete Brasil. A fornecedora da Petrobras negocia créditos de US$ 3,7 bilhões com os bancos públicos.
Sobre o forte crescimento das grandes empresas na carteira do Santander em um momento que a Operação Lava Jato acentua a postura conservadora dos bancos no Brasil, o presidente do banco disse que a instituição tem capital suficiente e segue um modelo que está “evoluindo muito bem”. “Vamos crescer dentro deste apetite o quanto pudermos. Estamos aproveitando o espaço de bancos públicos e de outros bancos que estão com problema para crescer”, acrescentou.
O segmento de grandes empresas registrou saldo de R$ 110,504 bilhões, montante 11,9% maior que o registrado no trimestre anterior, de R$ 98,709 bilhões. Em um ano, quando os empréstimos somaram R$ 79,210 bilhões, o crescimento chegou a 39,5%.