Ainda que sem grande brilho, o Santos conseguiu reagir após a eliminação nas quartas de final da Copa Libertadores. Neste sábado, pela 25ª rodada do Campeonato Brasileiro, o time contou com um gol de Bruno Henrique para superar o Atlético Paranaense por 1 a 0, na Vila Belmiro, começando a deixar para trás a ressaca pela queda no torneio continental.
Bruno Henrique havia sido um dos vilões na eliminação para o Barcelona de Guayaquil, ao ser expulso depois de dar uma cusparada em um adversário, mas agora definiu o triunfo, ainda que tenha perdido uma chance clara nos minutos finais. E esse resultado levou o Santos a fechar o sábado em segundo lugar no Brasileirão, com 44 pontos, embora possa ser ultrapassado pelo Grêmio no complemento da rodada. Já o Atlético-PR permaneceu com 34 pontos, em oitavo lugar, mas mais distante de entrar no G6.
Apesar da vitória, o Santos não teve grande atuação. O técnico Levir Culpi retomou o esquema com um meio-de-campo mais ofensivo, ainda que sem poder contar com Renato e Lucas Lima, formado por Alison, Jean Mota e Vecchio, mas faltou criatividade para a equipe, que acabou se mostrando dependente das jogadas de velocidade de Bruno Henrique e Copete, pouco inspirados.
Assim, a partida teve momentos sonolentos, mas o Santos fez o suficiente para vencer, ainda mais que a defesa exibiu segurança. Com isso, o time obteve o quarto triunfo em quatro jogos com a o Atlético-PR nesta temporada – dois jogos foram pela Libertadores.
O Santos voltará a jogar pelo Brasileirão no próximo sábado, no Allianz Parque, diante do Palmeiras. No dia seguinte, o Atlético-PR receberá o Atlético Mineiro na Arena da Baixada.
O JOGO – Na vazia Vila Belmiro, Santos e Atlético-PR entraram em campo com uniformes “alternativos” e que fogem da tradição de ambos: um camuflado e o outro, vermelho fluorescente. E as camisas chamaram mais atenção do que a bola rolando de um início de jogo fraco, sem muita criatividade das equipes.
Aos poucos, o Santos começou a assumir o controle do jogo, em jogadas com os seus atacantes de velocidade. Foi assim aos 16 minutos, com uma finalização de Bruno Henrique, bem defendida por Weverton. Do lado direito, mesmo errando em algumas tomadas de decisão, Copete também era boa opção. Aos 23, ele descolou ótimo passe para Ricardo Oliveira, que finalizou mal, e também no final da etapa inicial, com um chute de fora do próprio colombiano, para fora.
Mas apesar da falta de objetividade e de penetração na área adversária, o Santos conseguiu abrir o placar, se aproveitando de duas falhas de Wanderson – o zagueiro não conseguiu dar o chutão para afastar a bola e ainda não fez a linha de impedimento na sequência. Jean Mota chutou forte de fora da área, Weverton espalmou nos pés de Bruno Henrique, que finalizou às redes.
O Atlético-PR adotava postura mais reativa e pouco ameaçou na etapa inicial, embora Vanderlei tenha feito duas defesas difíceis. Elas se deram aos 25, quando Gedoz, jogador mais perigoso do time, passou por Alison e finalizou, e aos 37, após um voleio de Nikão.
O técnico Fabiano Soares achou muito pouco e fez duas substituições no Atlético-PR no intervalo, com as entradas de Ribamar, para compensar a falta de um centroavante no primeiro tempo, e Matheus Rossetto.
A situação, porém, não se alterou no início da etapa final, com o Santos sendo pouco ameaçado. E Copete teve duas boas chances para marcar em lances seguidos, em um cabeceio para fora após cruzamento de Daniel Guedes e depois em finalização colocada em que parou em Weverton.
Mas apesar desses dois lances e de uma finalização de Bruno Henrique, o Santos produzia pouco. E permitiu que o Atlético-PR começasse a ameaçar em jogadas pelo lado direito da sua defesa. Na primeira, uma finalização de Fabrício tocou de leve a trave. E o gol só não saiu aos 26 minutos, com Ribamar, porque David Braz travou a bola após Nikão acionar o seu companheiro. Além disso, Fabrício desperdiçou boa chance, de cabeça, após cobrança de escanteio.
Esses sustos serviram para acordar o Santos no final da partida. O time, então, avançou ao ataque e esteve muito próximo de marcar o segundo gol. Weverton fez grande defesa em finalização de Bruno Henrique, após passe de Serginho, e Daniel Guedes, em jogada individual, também quase ampliou.
Aos 45 minutos, em um rápido contra-ataque, Weverton rebateu finalização de Serginho, mas Bruno Henrique, ao contrário do que fez no seu primeiro gol, não aproveitou o rebote, finalizando por cima do gol. Não ampliou o placar, mas acabou sendo suficiente para o Santos voltar a vencer.
FICHA TÉCNICA
SANTOS 1 x 0 ATLÉTICO-PR
SANTOS – Vanderlei, Daniel Guedes, Lucas Veríssimo, David Braz e Zeca; Alison (Matheus Jesus), Jean Mota e Vecchio (Serginho); Copete, Ricardo Oliveira e Bruno Henrique. Técnico: Levir Culpi.
ATLÉTICO-PR – Weverton; Jonathan, Paulo André, Wanderson e Fabrício; Pavez, Lucho González (Matheus Rossetto), Nikão, Sidcley (Ribamar) e Felipe Gedoz (Lucas Fernandes); Guilherme. Técnico: Fabiano Soares.
GOL – Bruno Henrique, aos 34 minutos do primeiro tempo.
ÁRBITRO – Ricardo Marques Ribeiro (Fifa/MG).
CARTÕES AMARELOS – Lucho González e David Braz.
RENDA – R$ 118.835.
PÚBLICO – 4.257 pagantes.
LOCAL – Vila Belmiro, em Santos (SP).