O Santos venceu o Maringá só por 1 a 0 pela segunda fase da Copa do Brasil, na noite desta quarta-feira, na Vila Belmiro. O “só” se deve ao fato de o time atuar com todos os titulares e ter um jogador a mais desde os 16 minutos da etapa final (Eurico foi expulso). Foi uma vaga conquistada com sabor agridoce, de quem ficou devendo. O gol da vitória, marcado por Ricardo Oliveira, saiu só aos 46 da etapa final.
Embora o Santos tenha acertado uma bola na trave logo aos dez minutos com David Braz, o confronto do primeiro tempo não foi o “Davi x Golias” que se desenhava na Vila Belmiro. O time paulista foi senhor do jogo, sim, mas com exceção daquela chance inicial, fugiu pouco da marcação dedicada e persistente e criou poucas chances de gol.
Mérito dos paranaenses, que resistiram aos dribles de Robinho e à movimentação constante de Lucas Lima. Resistiram do jeito que deu. No final do primeiro tempo, quatro já haviam levado cartão amarelo, fatura que seria apresentada depois, no segundo tempo.
Esses méritos, no entanto, eram só defensivos. Faltava poder para contra-atacar, adiantar a marcação, pedir apoio dos laterais. Sem o básico de quem procura o gol, o Maringá ficou esperando a salvadora bola parada, que não chegou.
Uma quantidade chata de erros de passes – dos dois lados – tornou o jogo picado, sem continuidade, com idas e vindas no meio-campo. A questão física também pegou. A exemplo do que aconteceu nos três últimos (Palmeiras, Maringá e Avaí), o Santos desceu a ladeira na etapa final. O time perdeu o pique, parecia conformado com o empate que garantia a vaga. Levou ao pé da letra o pedido de “paciência para buscar espaços” feito técnico Marcelo Fernandes antes e durante o jogo. A paciência virou morosidade.
Aos 17 minutos do segundo tempo, o Maringá teve de pagar a conta das faltas seguidas, uma atrás da outra. Malandro e inteligente, Robinho foi para cima de Eurico, um daqueles que já tinha amarelo, e conseguiu a (justa) expulsão do volante depois de um puxão de camisa.
O que seria a senha para uma pressão virou apenas mais do mesmo. Foi apenas um passe precioso de Cicinho que achou Ricardo Oliveira na área para fazer o gol e amenizar a decepção.
FICHA TÉCNICA:
SANTOS 1 x 0 MARINGÁ
SANTOS – Vladimir; Cicinho, David Braz, Werley e Victor Ferraz; Valencia, Leandrinho e Lucas Lima; Robinho, Geuvânio e Ricardo Oliveira. Técnico: Marcelo Fernandes.
MARINGÁ – Ednaldo; Gerônimo, Fabiano, Marcelo Xavier e Edinho; Eurico, Ítallo, Max e Rhuan; Gabriel Barcos (Rafael Santiago) e Rodrigo Dantas. Técnico: Claudemir Sturion.
GOL – Ricardo Oliveira, aos 46 minutos do segundo tempo.
CARTÕES AMARELOS – Gerônimo, Edinho, Ítallo, Fabiano, Eurico, Werley, Valencia, Rhuan.
CARTÃO VERMELHO – Eurico.
ÁRBITRO – Wagner Reway (MT).
RENDA E PÚBLICO – Não disponíveis.
LOCAL – Estádio da Vila Belmiro, em Santos (SP).