Além de demitir o técnico Doriva, o São Paulo promoveu outra troca no clube nesta segunda-feira. O diretor executivo (CEO) Alexandre Bourgeois deixou o cargo pela segunda vez em dois meses. O dirigente havia sido demitido pelo ex-presidente Carlos Miguel Aidar, foi recontratado pelo atual mandatário, Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, mas saiu novamente da gestão.
Bourgeois criou desgaste com a atual diretoria por vazar para a imprensa detalhes sobre o contrato do gerente-executivo Gustavo de Oliveira, que acaba de voltar ao clube por escolha de Leco. O novo acordo prevê um aumento salarial e o pagamento de bônus a Oliveira para possíveis vendas de jogadores do São Paulo.
O diretor executivo chegou ao clube para sua primeira passagem em julho, indicado pelo empresário Abílio Diniz. O papel do diretor seria reestruturar as finanças e promover um novo plano de gestão do São Paulo. Em setembro, foi demitido por Aidar em uma reunião conturbada da diretoria, em que Bourgeois chegou a dizer que recebeu ameaça de agressão. Dias depois, o então presidente explicou que tomou a decisão porque o ex-funcionário não havia entregado os resultados prometidos.
Logo após a renúncia de Aidar, Leco assumiu o cargo interinamente e mesmo antes da eleição para o mandato tampão, no fim de outubro, reconduziu Bourgeois ao cargo e demitiu o substituto dele, Paulo Ricardo de Oliveira. O ex-dirigente executivo e o presidente de clube não foram encontrados para comentarem o assunto.