As capitais de São Paulo, Rio e a região metropolitana de Belo Horizonte foram citadas como alguns dos bons exemplos de ação do poder público para se adaptar à Política Nacional de Resíduos Sólidos.
Em São Paulo, a criação de duas centrais de triagem pela gestão Fernando Haddad (PT), no ano passado, foi elogiada por aumentar o potencial de reciclagem. A Prefeitura trabalha com a meta de que, até 2016, a coleta seletiva – que ainda não atinge 32% das casas paulistanas – seja oferecida em toda a cidade e alcance 10% dos resíduos secos.
O Rio também mereceu destaque por ter conseguido fechar o famoso lixão do Gramacho, que foi tema do documentário Lixo Extraordinário, de Vik Muniz.
Para Carlos Silva Filho, diretor executivo da Abrelpe, ambas as cidades “avançaram bastante” após fazer investimentos altos, o que ele entende não ser algo possível para todos os municípios. Por isso, defende verbas federais e estaduais e a criação de taxas municipais para a gestão do lixo.
Ele cita como exemplo uma iniciativa do governo de Minas, que criou uma parceria público-privada para financiar obras de aterros no anel metropolitano de Belo Horizonte, que reúne 42 municípios. “Se depender somente das cidades, não vai rolar.”