Faltam três anos anos para a abertura da Copa do Mundo de 2014 no Brasil. Mas a desorganização tanto do poder público como da iniciativa privada já demonstram que o país corre o sério risco de proporcionar um grande vexame perante o mundo, além de admitir um gasto absurdo de dinheiro público em obras emergenciais, que vão se tornar mais necessárias conforme os dias se passam sem soluções.
São Paulo, o estado mais importante da Nação, tem grandes chances de ficar sem a Copa do Mundo. A Fifa busca inclusive uma outra cidade para sediar a abertura dos jogos, prometida e reservada para a capital. Afinal, questões políticas e prematuras tiraram do jogo o estádio que mais condições tinha para servir com sede: o Morumbi do São Paulo Futebol Clube. Por força do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, um corinthiano fanático, priorizou-se a construção de um novo estádio para o time do Parque São Jorge, que – a princípio – utilizaria apenas recursos da iniciativa privada, numa receita ótima.
Tanto foi assim que a Prefeitura da capital e o Governo do Estado se prontificaram eu promover de obras de infraestrutura no entorno do estádio, que tem projeto para ser construído em Itaquera, zona leste de São Paulo, inclusive com a assinatura dos termos de parceria. São obras viárias e de transporte que, além de beneficiar o estádio, vão ao encontro das necessidades da população que vive naquela região. Ou seja, cumpriram exatamente o papel que deve ter o poder público nestas situações.
Porém, nesta semana, o presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, saiu pedindo a ajuda pública para a construção do estádio, fazendo quase que uma chantagem em relação ao risco de São Paulo ficar sem os jogos da Copa. Ogovernador Geraldo Alckmin, disse não às pretensões do dirigente, já que trata-se de um empreendimento privado, que terá uso particular após ficar pronto.
Agora, ou o clube busca novos parceiros privados ou corre atrás do governo federal para uma ajuda extra, o que não deveria ocorrer por mais que o pai da idéia tenha partido do ex-presidente, que ainda tem forte influência sobre o governo federal. Ou seja, se prevalecer o bom senso, São Paulo ficará sem a Copa do Mundo se insistir no estádio do Corinthians. Talvez, seja o caso de repensar a história do Morumbi ou admitir a Arena Palestra, que vem sendo erguida pelo Palmeiras.