A menos de três meses para o fim do contrato e da carreira do goleiro Rogério Ceni o São Paulo começa a viver um dilema. O volante Hudson avaliou nesta quinta-feira que no atual elenco será difícil encontrar alguém que possa assumir a faixa de capitão do time depois de 6 de agosto, quando o jogador de 42 anos deve se aposentar.
Rogério Ceni é o capitão da equipe desde 1999 e por estar há 25 anos no clube, é um líder do elenco. “Vamos ter que descobrir esse cara (novo capitão) no dia a dia. O Rogério tem uma experiência de longa data, está no São Paulo há tempo. Não vai ter ninguém igual a ele, temos que achar alguém que se assemelhe ao Rogério”, explicou o volante.
O próprio Hudson teve neste ano a chance de usar a faixa de capitão – no jogo contra a Portuguesa, pelo Campeonato Paulista. Além dele, outros jogadores como Denilson, Paulo Henrique Ganso e Souza também tiveram a oportunidade em outras partidas. “O capitão tem que ser alguém líder, diferente, que orienta mais e um cara que não tenha medo de falar para ninguém”, afirmou.
O assunto da liderança no São Paulo já era um problema que afligia o ex-técnico Muricy Ramalho. Por diversas vezes o então treinador lamentava a falta de algum jogador de linha com perfil de líder no elenco de 2015. No ano passado, esse papel cabia ao meia Kaká, que se transferiu para o Orlando City, dos Estados Unidos.
De acordo com o volante, não existe a possibilidade de Rogério Ceni rever a decisão e esticar a carreira pelo menos até o fim do ano. “Tive uma conversa com ele, sobre a possibilidade do título da Libertadores. Ele me ele falou que não era certeza que continuaria mesmo com Mundial para disputar. Sei que vai ser uma perda, porque é um jogador histórico, de uma liderança única, de extrema qualidade”.