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São Paulo vence clássico e segue sonhando com título

Por mais que o Cruzeiro faça sua parte, o São Paulo não quer entregar tão fácil o título brasileiro. Neste domingo, o time tricolor venceu o Palmeiras por 2 a 0, confirmou os 12 anos de invencibilidade contra o rival no Morumbi e manteve em quatro pontos a distância para o líder. A equipe de Muricy Ramalho soma 66 pontos, mas já fez 36 partidas – antecipou o jogo contra o Inter, pela 36.ª rodada. Por isso, o Cruzeiro pode abrir sete na quarta e depende só de si para ser campeão no domingo.

Agora o São Paulo vira suas atenções para a Copa Sul-Americana, viajando para a Colômbia para pegar o Atlético Nacional, quarta, às 22h, em Medellín, na ida da semifinal. No domingo, tem pela frente outro clássico: diante do Santos, na Arena Pantanal, em Cuiabá (MT), porque o rival vendeu o mando de campo. Figueirense (em casa) e Sport (fora) são os últimos adversários do Brasileirão.

Do outro lado da tabela, o Palmeiras segue ameaçado pelo rebaixamento e fecha o Brasileiro sem vencer nenhum clássico. Soma 39 pontos, no 14.º lugar, mas recebeu a aproximação do Vitória (37). Coritiba (37) e Chapecoense (36) também brigam contra a última vaga na degola. Botafogo (33), Bahia (31) e Criciúma (30) estão mais para baixo.

A equipe inaugura o Allianz Parque na quarta, às 22h, contra o Sport, e depois joga duas vezes fora de casa, contra Coritiba e Inter, fechando o Brasileirão em casa contra o Atlético-PR.

O JOGO – Os dois times entraram em campo com novidades. No São Paulo, Muricy Ramalho escalou Rafael Toloi, que voltava de lesão, ao lado de Edson Silva. Já Dorival Júnior não tinha Valdivia e optou por Felipe Menezes em detrimento a Mazinho.

O clássico começou pegado, com as duas equipes brigando por toda bola. Denilson fez besteira ao perder bola para Diogo e derrubá-lo a um passo da entrada da área. O árbitro mandou o lance seguir.

O São Paulo dominada a posse de bola, mas criava pouco. A primeira chance veio apenas aos 17 minutos, quando Michel Bastos cruzou e Kardec cabeceou. Fernando Prass fez ótima defesa.

O gol surgiu quatro minutos depois, do outro lado. Hudson cruzou e Luis Fabiano, em grande fase, pegou na bola enquanto ela quicava, tirando do alcance de Prass. Na comemoração, quase tirou a camisa, mas quem levou o amarelo foi o goleiro, que foi reclamar com o árbitro. Luis Fabiano fez seu 100.º gol em Brasileiros.

O Palmeiras criou pouco durante todo o primeiro tempo, mas poderia ter empatado em ótima chance de Henrique, aos 37 minutos. Na pequena área, o artilheiro do campeonato parou em Rogério Ceni, que saiu aos seus pés.

Do outro lado, Alan Kardec também foi mal, desperdiçando dois bons lances. Em um, tentou o passe para Luis Fabiano e errou. No outro, Nathan furou, o centroavante recebeu na cara do gol, mas chutou torto, para fora.

O Palmeiras voltou melhor para o segundo tempo, encontrando o São Paulo recuado e parecendo satisfeito com a vitória magra. A bola rodada na entrada da área tricolor, rebatida cada vez que chegava a Edson Silva ou Rafael Toloi.

Com Kaká jogando mal e Ganso disperso, o São Paulo não chegava com perigo ao ataque. Muricy tirou Kardec, colocou Reinaldo e adiantou Michel Bastos para o meio, mas a alteração não adiantou muito. Fernando Prass e Rogério Ceni eram meros espectadores dentro de campo.

O goleiro do Palmeiras, porém, teve que buscar mais uma bola no fundo das redes. Aos 33, após cobrança de escanteio, Edson Silva resvalou e Rafael Toloi bateu com força para fazer bonito gol, matando o clássico.

FICHA TÉCNICA:

SÃO PAULO 2 X 0 PALMEIRAS

SÃO PAULO – Rogério Ceni; Hudson, Rafael Toloi, Edson Silva e Michel Bastos; Souza, Denilson, Kaká (Osvaldo) e Ganso; Luis Fabiano (Alexandre Pato) e Alan Kardec (Reinaldo). Técnico – Muricy Ramalho.

PALMEIRAS – Fernando Prass; João Pedro, Nathan, Tobio e Juninho; Marcelo Oliveira, Victor Luis, Wesley (Mazinho) e Felipe Menezes (Cristaldo); Diogo (Allione) e Henrique. Técnico – Dorival Júnior.

GOL – Luis Fabiano, aos 21 minutos do primeiro tempo; Rafael Toloi, aos 33 minutos do segundo tempo.
ÁRBITRO – Marcelo Aparecido de Souza (SP).
CARTÕES AMARELOS – Edson Silva, Alan Kardec e Souza (São Paulo); Fernando Prass e Cristaldo (Palmeiras).
RENDA – R$ 992.285,00.
PÚBLICO – 36.850 pagantes.
LOCAL – Estádio do Morumbi, em São Paulo.

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