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Sarah Menezes abre 2016 com ouro em Havana e ganha moral por vaga olímpica

Depois de uma temporada de 2015 para esquecer, Sarah Menezes parece ter virado a chave para entrar no ano olímpico em nova fase. Nesta sexta-feira, a campeã olímpica abriu 2016 com a medalha de ouro no Grand Prix de Havana, que reuniu em Cuba algumas das melhores do mundo na categoria até 48kg. O Brasil ainda ganhou outro ouro com Eric Takabatake (até 60kg) e bronze com Rafael Silva (até 57kg).

Sarah teve vida fácil até as quartas de final, vencendo Isandrina Sanchez, do Panamá, por ippon, e Yanisleidi Ponciano, de Cuba, por um yuko. Na semifinal, venceu a forte cubana Dayaris Mestre Alvarez, 20.ª do ranking, com um ippon no fim. Já na disputa do ouro deu lindo golpe para derrubar Shirá Rishony, de Israel, 19.ª do mundo. Atual campeã mundial, a argentina Paulo Pareto ficou com o bronze.

Sarah Menezes ocupa atualmente apenas o 14.º lugar do ranking mundial, mas deve subir com a pontuação do Grand Prix de Havana. Mais importante do que os 300 pontos que somou é a moral que a campeã olímpica ganha depois de uma temporada ruim.

A convocação brasileira para o Rio-2016 não necessariamente vai refletir o ranking olímpico e as atuações devem pesar na decisão da comissão técnica. Nathalia Brígida, que teve um 2015 melhor do que de Sarah Menezes, não foi convocada para lutar em Havana.

Também precisando se recuperar de uma temporada ruim, Rafaela Silva até começou bem em Havana, vencendo a francesa Sarah Harachi e a alemã Miryan Roper (13.ª). Depois, encontrou duas velhas conhecidas. Perdeu da norte-americana Marti Malloy (a quem venceu na final do Mundial de 2013 e por quem foi derrotada na final do Campeonato Pan-Americano de 2015) e ganhou por um Yuko da canadense Catherine Beauchemin-Pinard, sua algoz na semifinal dos Jogos Pan-Americanos.

OUTROS BRASILEIROS – Também em disputa apertada pela convocação para o Rio-2016 na categoria até 60kg, Eric Takabatake se deu muito melhor do que Felipe Kitadai em Havana. O atleta do Pinheiros-SP ficou com o ouro em Cuba, enquanto que seu rival da Sogipa-RS terminou no quinto lugar.

Para chegar até a decisão, Takabatake, 16.º do ranking mundial, venceu Jorge Turcas Rodriguez (Cuba), Carmine Di Loreto (Itália), Ahmet Sahin Kaba (Turquia) e Orkhan Safarov (Azerbaijão, quarto do mundo). Na final, seu rival Bekir Ozlu não apareceu para lutar e o brasileiro ficou com o ouro.

Kitadai, por sua vez, ganhou de Otar Bestaev (Quirguistão) e Roberto Almenares (Cuba) antes de ser vencido por Ozlu nas quartas de final. Na repescagem, voltou a perder, desta vez para Sharafuddin Lutfillaev, do Usbequistão, sétimo do mundo. Medalhista de bronze em Londres, Kitadai é o 14.º do ranking mundial e leva a pior para Takabatake no ranking olímpico.

Voltando de lesão, Charles Chibana também terminou no quinto lugar, na categoria até 66kg. Ele venceu Tarlan Karimov (Azerbaijão) e perdeu para Loic Korval (França), 10.º do ranking. Na repescagem, ganhou de Houd Zourdani (Argélia), mas viu o bronze escapar para Eli Verde (Itália), 24.º do mundo. Chibana é o 26.º.

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