Dono de cinco medalhas olímpicas, Kohei Uchimura não perde uma grande competição no individual geral desde a prata em Pequim-2008. Desde então, o astro japonês ganhou seis Mundiais e a Olimpíada de Londres. No Rio de Janeiro, é de novo o grande candidato ao título, ainda que, na avaliação do brasileiro Sergio Sasaki, não seja imbatível.
“Imbatível ninguém é. Ele é muito bom, mas ele não é invencível. Ele é um atleta. A gente treina para ganhar dele. Ele é o cara a ser batido, mas não é uma máquina. Ele é um ser humano como a gente. Se ele pode ganhar, a gente também pode”, avalia o brasileiro, otimista com o bom momento.
Como sofreu grave lesão no joelho em meados do ano passado, Sasaki não faz uma boa competição individual geral desde o Mundial de Nanning (China), em 2014, quando ficou em sétimo lugar. O retorno, este ano, foi por doses, priorizando as avaliações internas da comissão técnica, que definiram a escalação para a Olimpíada.
“Consegui 90 (pontos) em algumas avaliações, cheguei a 89, mas a gente sabe que pode ser trabalhado mais”, admite Sasaki, que tentou tergiversar ao ser perguntado sobre uma meta de pontos, dizendo que “o melhor sempre vai ganhar com as melhores notas”, mas duas vezes durante a coletiva disse que “não queria ficar falando de uma meta, de fazer 91 pontos” para não ser cobrado depois.
Em Londres, por exemplo, o medalhista de bronze fez 90,6. No Mundial do ano passado, apenas 90,1. Se Sasaki alcançar o que tem como objetivo, tem grandes chances de beliscar um pódio, depois de ser 10º na última Olimpíada.
“Hoje eu sei onde eu posso chegar, meu potencial. O corpo não é o mesmo, a gente vai sofrendo algumas lesões, mas a cabeça com certeza é mais forte. Eu me sinto mais preparado mentalmente do que pelo corpo. Me sinto preparado. É a hora de dar tudo de si e o Sasaki de 2016 é talvez um Sasaki novo”, afirma.