A Fundação para o Remédio Popular (Furp) está envolvida em três das oito novas parcerias entre laboratórios públicos e empresas privadas para o desenvolvimento nacional de produtos de saúde anunciadas nesta quinta-feira (11) pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Agora, o laboratório paulistano vai produzir via transferência de tecnologia oito produtos estratégicos para o Sistema Único de Saúde. Com isso, o Ministério da Saúde passa a comprar da Furp R$ 220 milhões em produtos, dez vezes mais que os atuais R$ 20 milhões.
O investimento do Ministério da Saúde na Furp aumentou desde que foi lançado, em 2012, o Programa de Investimento do Complexo Industrial da Saúde (Procis), que prevê a qualificação dos laboratórios públicos. Até o final deste ano, o Ministério vai investir R$ 50 milhões no laboratório – cinco vezes mais do que o total de dos últimos dez anos.
A Furp já participa de dez parcerias com laboratórios privados articuladas pelo Ministério da Saúde para a fabricação nacional de quatro medicamentos e o DIU. Com a assinatura de novas parcerias, passará a produzir mais um medicamento e três produtos médicos com diferentes parceiros. Em parceria com a EMS / Nortec, vai produzir a Galantamina, contra o mal de Alzheimer. Com a Firstline, vai fabricar espirais de platina, usadas nas cirurgias de aneurisma cerebral. E com a Politec, produzirá três aparelhos auditivos.
INVESTIMENTO – O Programa de Investimento no Complexo Industrial da Saúde (Procis), entre diversas medidas de estímulo à produção pública, aumentou em cinco vezes o orçamento do Ministério da Saúde para a qualificação dos laboratórios públicos nacionais. Em 2012, R$242 milhões foram repassados em 67 projetos voltados à infraestrutura, inovação e qualificação da gestão de 14 laboratórios públicos e 7 Instituições de Ciência e Tecnologia (ICTs). Esse valor é cinco vezes maior do que a média anual dos últimos 12 anos, que foi de R$ 42 milhões.
Até 2017, o Ministério da Saúde investirá R$ 1,3 bilhão nesses laboratórios. Com estas medidas, a expectativa do governo é reduzir as desigualdades regionais a partir do estímulo ao fortalecimento dos laboratórios em diversas regiões do país. O fortalecimento dos laboratórios públicos é essencial para ampliar as parcerias para o desenvolvimento nacional de produtos, fomentando a capacitação tecnológica e competitividade do país, tornando possível que esses laboratórios adotem as melhores práticas do mercado e ganhem um nível de qualidade e competitividade internacional.