A Justiça cassou o mandato da prefeita de Ribeirão Preto e de seu vice por uso indevido de servidores na campanha eleitoral que culminou em sua reeleição, em outubro. A prefeita chegou a pedir para seus comissionados irem às ruas para fazer campanha. Na ação foram apresentadas várias fotos que mostram servidores e alguns secretários municipais bandeirando nas avenidas e pedindo voto para ela. Defesa Apesar da decisão, ainda cabe recurso. A prefeita de Ribeirão nega irregularidades e afirma que os servidores comissionados fizeram campanha fora do horário de expediente e que a legislação eleitoral foi respeitada. Ela tenta garantir sua permanência no cargo por meio de uma liminar. Em algumas cidades vimos casos parecidos ou até idênticos. Você conhece alguma cidade onde isso tenha ocorrido também?
Pedras no caminho
Uma emissora de televisão guarulhense tinha a intenção de transmitir ao vivo o julgamento de Mizael Bispo dos Santos. Entretanto o que era euforia virou decepção. Durante as tratativas com a Assessoria de Imprensa do Tribunal de Justiça, o diretor da TV foi informado que as imagens estavam em poder de uma produtora da Capital, a qual deveria ser contatada.
Reserva de mercado
Ao falar com um representante da referida produtora, o dirigente da emissora de TV local recebeu a informação de que foi fechado um pool com seis emissoras de TV da Capital e dois sites de notícias, que ratearam os custos da transmissão. Sendo assim, o acesso às imagens do julgamento só seriam fornecidas àqueles que pagaram por elas.
Entre amigos
Questionado a respeito de como a produtora responsável pelas imagens do julgamento do caso Mércia foi escolhida, o representante da empresa declarou ter sido por meio de uma “indicação” dos patrocinadores, ou seja, tem muita gente ganhando dinheiro nesta história, com o aval da Justiça de São Paulo, pois em momento algum a palavra “licitação” foi usada.
Temeridade
Durante entrevistas para a grande mídia, o juiz Leandro Jorge Bittencourt Cano afirmou que a transmissão ao vivo do julgamento traria mais transparência aos trabalhos. Certamente que sim, mas liberar as imagens só para quem pagou é justo? É democrático? Será que não está se abrindo aqui um precedente perigoso, onde em outros julgamentos teremos mais empresas de Comunicação querendo faturar algum dinheiro em cima do Poder Judiciário?