O candidato à Presidência pelo PDT, Ciro Gomes, afirmou neste domingo, 4, que se os endividados do Brasil prestarem atenção nas suas propostas de governo, ele estará eleito no primeiro turno. Ciro propõe renegociar as dívidas dos cidadãos com taxas de juros menores e prazos mais longos de pagamento. Isso faria parte de um programa a ser iniciado pelos bancos públicos, ao qual poderão aderir também os bancos privados. O dado consta em seu programa de governo registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
"Nós temos a boa ideia. A boa ideia é o novo projeto nacional de desenvolvimento, que vai fazer a estrutura de poder do Brasil vir em socorro das famílias e das empresas humilhadas no endividamento, no SPC e no Serasa", afirmou em encontro com mulheres em Uberlândia (MG).
Na avaliação de Ciro, apesar do cenário eleitoral polarizado, ainda há espaço de crescimento. "Hoje, se você pegar os indecisos, se você pegar quem está votando no Bolsonaro só porque não quer Lula e PT de volta e quem está votando no Lula só porque acha que ele é o único que vai derrotar o Bolsonaro, está mais da metade do povo. Portanto, está aí na mão", disse.
Ele afirmou que o sistema brasileiro produziu a polarização e que "querem congelar" o retrato das pesquisas. "Todo mundo agora repete numa boca só a polarização, e todos querem no sistema que a eleição já esteja resolvida de véspera. Eles esquecem, por exemplo, que em Minas Gerais, dez dias antes da eleição, ninguém ouviu falar num tal de Romeu Zema. Dez dias depois virou governador de Minas Gerais", exemplificou.
O pedetista voltou a criticar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). "Lula só se lembra de 20 anos atrás e esquece que ele produziu a Dilma, a crise econômica, que os 66 milhões de negativados no SPC estão aí porque ele expandiu o crédito e aumentou o juro", cutucou.