Política

Secretaria de Saúde de Guarulhos terá orçamento de R$ 916 milhões

A Secretaria de Saúde apresentou a previsão orçamentária para 2018 na audiência da Lei Orçamentária Anual da última sexta-feira, 10 de novembro. O secretário de Saúde, José Sérgio Iglesias explicou que, ao todo, serão investidos R$916 milhões em saúde, com recursos do tesouro municipal, estadual e federal, dos quais R$ 408 mi serão gastos com pessoal e encargos.
 
De acordo com o secretário de Saúde, José Sérgio Iglesias Filho, a cidade gastou 28% do orçamento de 2017 em saúde, porque teve de arcar com restos a pagar da gestão anterior de aproximadamente 60 milhões que não estavam na peça orçamentária e uma dívida de mais de R$100 milhões.
 
O secretário explicou o motivo da falta de remédios nas farmácias das Unidades Básicas de Saúde. “Sofremos um desabastecimento na casa de 70% em fevereiro, agora estamos buscando mecanismos para reverter esse processo.” Iglesias disse que os fornecedores de medicamentos e as empresas que fazem manutenção dos equipamentos de UTIs e ambulâncias deixaram de ser pagos pela Prefeitura na gestão anterior. Por isso, as empresas rescindiram os contratos, pressionaram e renegociaram.
 
A contratação da Gerir, na opinião de Iglesias, com custos mensais de R$ 13,5 milhões, está baseada em estudo de economicidade e apresenta vários resultados positivos. A porcentagem de letalidade dos pacientes internados na UTI do HMU caiu. A taxa de mortalidade em janeiro era de 48,5% e em outubro, 19,6%. “O prédio é o mesmo, mas a agilidade operacional é melhor”, ressaltou.
 
Apesar da instalação de fibra ótica nas Unidades Básicas de Saúde, os problemas de comunicação foram questionados pelos parlamentares. O secretário esclareceu que os equipamentos são obsoletos e estão desatualizados. A fibra ótica, que deveria melhorar a comunicação, não atende a demanda porque apresenta falhas técnicas e não existe contrato de manutenção. O município está entre os mais atrasados, segundo dados do Ministério da Saúde, na transmissão de dados e na produtividade online. “Precisamos, no mínimo, de mil computadores e de um bom programa que interaja com as unidades e com o Ministério”, alertou.

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