O Secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, chegou neste sábado a Riade, capital da Arábia Saudita, dando início a uma série de visitas no Oriente Médio que devem servir para pressionar países da Europa e outras nações a impor mais sanções contra o Irã.
Pompeo deve se reunir com o rei saudita, o príncipe do reino e o ministro de relações exteriores. Nos encontros, o secretário vai tratar do plano de pressionar outras nações do mundo a impor sanções mais duras contra cidadãos, empresas e órgãos de governo iranianos ligados ao desenvolvimento de mísseis no Irã. Ele também deve enfatizar o comprometimento do governo norte-americano com a defesa da Arábia Saudita, de Israel e outros países parceiros na região.
Autoridades que viajam com Pompeo comentaram, que o secretário pretende abordar a preocupação da administração Trump com a disputa entre o Catar e os países do Conselho de Cooperação do Golfo, formado por Arábia Saudita, Bahrein e Emirados Árabes Unidos. A tensão entre os dois lados estaria dificultando a implementação de ações conjuntas contra o Irã e dando espaço ao país para ampliar sua influência. Espera-se ainda que Pompeo pressione os sauditas a contribuir mais com a estabilização em territórios da Síria recentemente libertados do grupo Estado Islâmico.
Depois da visita à Arábia Saudita, Pompeo segue para Israel e Jordânia, onde encerra sua primeira viagem internacional como secretário de Estado. Os encontros ocorrem duas semanas antes da data limite estabelecida pelo presidente Trump, 12 de maio, para definir se os EUA abandonarão o acordo nuclear com o Irã – algo considerado provável, apesar da forte pressão do bloco europeu e outros países no sentido contrário.
Na sexta-feira durante encontro com ministros de relações exteriores da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) em Bruxelas – a primeira parada da viagem -, Pompeo repetiu a promessa de Trump de se retirar do acordo, a menos que ele seja significativamente fortalecido.
No dia 14 de maio, está prevista a abertura da nova embaixada dos EUA em Jerusalém, marcando uma mudança significativa na política diplomática norte-americana em relação a Israel e à Palestina, que também considera a cidade sagrada como sua capital.
Pompeo desembarcou em Riade pouco depois de rebeldes do grupo Houthi baseados no Iêmen, que contam com o apoio do Irã, terem informado que atacaram com mísseis balísticos a cidade de Jizan, no sul da Arábia Saudita. O diretório de Defesa Civil saudita informou que uma pessoa foi morta por estilhaços do ataque, que danificou duas casas. Disse também que quatro mísseis foram interceptados pelas forças áreas locais.
O secretário dos EUA criticou o Irã por contrabandear mísseis para o Iêmen e afirmou que o incidente reforça a importância da administração Trump combater a violência apoiada pelo Irã na região. Além de dar suporte aos Houthi no Iêmen, o país apoia o governo sírio na luta contra rebeldes. Fonte: Associated Press.