Em meio às acusações contra a Prevent Senior pelo suposto uso de remédios sem eficácia científica comprovada contra a covid-19 em pacientes, divulgadas pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, a sede da operadora de Saúde, em São Paulo, foi alvo, na manhã desta quinta-feira (30), de um protesto realizado pelo movimento Levante Popular da Juventude. No ato, a fachada da rede foi pintada de vermelho, para remeter ao sangue das vítimas da covid e, na calçada, foi escrita a palavra "assassinos" em tinta branca.
"O Levante Popular da Juventude foi até a sede da empresa Prevent Senior, localizada na cidade de São Paulo, denunciar o sangue derramado nas mortes que poderiam ter sido evitadas, se não fosse o negacionismo e a política de morte do governo Bolsonaro", declarou o movimento nas redes sociais.
O grupo, que contou com a participação de cerca de 40 pessoas, espalhou dólares com a imagem do presidente Jair Bolsonaro em referência ao "gabinete paralelo". Em depoimento à CPI, a advogada Bruna Morato, que representa 12 profissionais da Prevent Senior, afirmou que a empresa e médicos do suposto "gabinete paralelo" fizeram um pacto para tentar validar a hidroxicloroquina como remédio contra a doença e, assim, tentar evitar um lockdown.
Os manifestantes também seguravam placas com os escritos "Óbito não é alta", "Bolsonaro genocida" e a imagem de um medicamento chamado de "kit covid", que diz que a venda é "sob prescrição do governo genocida".
"A denúncia feita na CPI da Covid escancara a intenção por parte do governo de reforçar fake news sobre a eficácia desses medicamentos, trata-se de um acordo com licença entre a empresa e o governo federal", declarou o Levante Popular da Juventude. "Desta forma, escrachamos a Prevent Senior e o governo Bolsonaro por acreditar numa saúde que cuida e prioriza a vida do povo brasileiro, que tenha como base a ciência e que seja pública e universal."