O presidente da Eletros, Lourival Kiçula, levará nesta segunda-feira, 11, um grupo de presidentes e diretores de empresas associadas à entidade ao gabinete ministerial, em São Paulo, para uma reunião com o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Marcio Holland de Brito.
A priori, o encontro será para que os empresários mostrem ao secretário os números de vendas do segmento de linha branca no segundo trimestre, que não foram bons: caíram 20% na comparação com as vendas acumuladas de janeiro a março.
Contudo, sinalizou o presidente da Eletros, apesar de não haver nenhuma pauta de reivindicações formal para ser levada à Fazenda, os empresários pretendem discutir com o secretário Holland algumas medidas que possam, eventualmente, amenizar os impactos decorrentes da diminuição das vendas.
Impostos
A discussão, segundo Kiçula, deve passar pela retirada, ou redução, de alguns outros impostos que não o IPI incidentes sobre as produção e vendas dos produtos de linha branca. “Não dá mais para fazer qualquer pedido de redução de IPI porque a alíquota desse imposto já está reduzida. O que era 20% está 10%, o que era 10% está 5%, mas tem outros impostos que podem ser mexidos”, disse o presidente da Eletros, segundo o qual alguns destes impostos caem bem para alguns produtos, mas não para outros.
Segundo Kiçula, no segundo trimestre o consumidor abortou qualquer intenção de comprar linha branca. Se esforçou apenas para comprar televisores em resposta aos apelos da Copa do Mundo.
Vale salientar que, além da redução do IPI que incide sobre as vendas de produto da linha branca, o governo federal criou e colocou à disposição dos mutuários do Programa Minha Casa, Minha Vida, o Minha Casa Melhor, programa que libera um crédito de R$ 5 mil para quem adquiriu uma moradia no programa habitacional federal mobiliar sua casa ou apartamento.
No entanto, a forte desaceleração da economia que já começa a bater no mercado de trabalho, a elevada taxa de inflação que corrói a renda dos que continuam empregados, o elevado patamar de juros, entre outros fatores que deterioram a confiança na economia estão afastando o consumidor das lojas.