Uma reunião convocada pelo vereador João Dárcio (PTN), ex-secretário de Segurança Pública do prefeito Sebastião Almeida (PT), foi realizada na noite de terça-feira no colégio Maha-Dei. Foram convocados todos comissionados e funcionários em cargos de chefia da GCM. O assunto foi guardado a sete chaves. Para entrar no recinto, todos eram revistados e convidados a deixar do lado de fora aparelhos celulares ou outros equipamentos que pudessem registrar o ato.
Ato criminoso?
O mesmo João Dárcio foi um dos muitos seguidores da campanha de Eli Corrêa Filho (DEM), que postou em sua página do Facebook a pesquisa “falsa”, que circula nas redes sociais desde terça-feira. Assim como os demais que divulgaram o “ato falho”, o “homem da segurança” do candidato democrata está sujeito a responder na Justiça pela publicação, já que o instituto Cruz Consulting, citado indevidamente, já tomou as medidas judiciais cabíveis. “É um ato maledicente e criminoso”, aponta.
Do avesso
O Cruz Consulting fez um registro junto ao TSE na segunda-feira para iniciar o levantamento na sexta-feira e fazer a divulgação domingo, dia 23. Sobre o quadro divulgado nas redes sociais, o instituto analisa: ele mostra a pesquisa da Jovem Pan, realizada pelo Instituto Paraná, do último dia 10, onde Guti aparece com 62% e Eli com 18%, e depois traz a projeção do Cruz – feita antes do 1º turno – com o primeiro com 42% e o 2º com 33%, indicando que “deve acontecer uma virada”. Ou seja, se obedecesse a ordem cronológica, o nome do PSB deveria aparecer em ascensão enquanto o democrata em queda.
Armação ilimitada
Apesar de não ter dado qualquer declaração após o 1º turno, o nome de Carlos Roberto, que concorreu a prefeito pelo PSDB, passou a ser usado indevidamente por aliados de Eli. Postagens apontam que o empresário, que decidiu se dedicar exclusivamente a seus negócios, estaria na campanha de Guti e assumiria uma secretaria, o que não é verdade. Um áudio, atribuído a uma funcionária demitida, vazou nas redes e revela a armação, como forma de angariar votos para o democrata.
Perfis alugados
Cerca de mil jovens teriam sido aliciados para entregar as senhas de seus Facebooks até o dia do segundo turno. Em troca, estariam embolsando uma certa quantia em dinheiro. Os perfis verdadeiros, mas em mãos erradas, serviriam para difundir mentiras. Só não foram avisados que todos eles – que estão sendo identificados – poderão ser processados e responder pelas inverdades postadas.