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Segunda edição do festival Tomorrowland desembarca no Brasil

A crise econômica bateu à porta do Tomorrowland Brasil. Se, no ano passado, os ingressos se esgotaram em poucos minutos, antes mesmo de o line-up ser oficialmente divulgado, em 2016, a algumas horas do evento, o público ainda pode encontrar entradas para o festival de música eletrônica. Segundo informações da organização, cerca de 20% dos tickets estão disponíveis. Os ingressos vão de R$ 399 (um dia) a R$ 899 (três dias).

“Vivenciamos problemas econômicos, não há como negar isso. O festival, no entanto, já se consolidou por aqui. Não se trata mais de uma novidade. Isso também deve ser levado em conta. É justamente nessa hora que decidimos repensar nossas estratégias”, diz Mauricio Soares, diretor de marketing do Tomorrowland Brasil.

Para tentar driblar a crise e atrair mais público, a segunda edição do festival, que será realizada no Parque Maeda, em Itu, no interior de São Paulo, nesta quinta-feira, 21, sexta, 22, e sábado, 23, traz algumas novidades. Neste ano, o evento adotará a tecnologia cashless. O sistema permite que a pessoa recarregue sua pulseira de acesso com pearls, a moeda oficial do evento, diretamente nos caixas com cartão de crédito, débito ou dinheiro. “O objetivo é evitar filas e facilitar a vida do público. Em 2015, por motivos técnicos, não conseguimos implementar essa tecnologia”, complementa Mauricio.

Cada pearl vai custar R$ 6,25. Um copo de água poderá ser comprado por 1 pearl, ou seja, por R$ 6,25. “O que a pessoa precisa levar em conta é de que ela não está comprando uma fruta na feira do lado de casa. O público tem a mania de comparar os preços de alimentos e bebidas de um festival com preços de supermercado. Não dá”, conclui o diretor de marketing. O acessório também poderá ser usado para entrar no evento, dispensando, assim, a apresentação do ingresso.
A reportagem do Estado acompanhou, no início desta semana, os últimos detalhes das montagens dos palcos do Tomorrowland. Comparado ao ano passado, o número, desta vez, será menor. Em 2015, eram, ao todo, sete. A versão de 2016, entretanto, terá 6. A novidade fica por conta do Pool Stage (Palco Piscina). O espaço era patrocinado por uma empresa de cartões de crédito, mas, por causa da alta demanda, foi promovido a palco oficial com atrações durante todo o dia.

“Em termos de infraestrutura, não mudou nada. É basicamente a mesma equipe de trabalho, os mesmos que vieram no ano passado. Tem muita gente já familiarizada com o Brasil”, diz a gerente de comunicação do Tomorrowland, Debby Wilmsen. “Nossa proposta vai muito além da música eletrônica. Queremos que as pessoas venham a Itu e conheçam um pouco da cultura belga”, ela completa.

Atrações

O número de artistas também sofreu cortes. A primeira edição do Tomorrowland em terras brasileiras contou com 159 DJs. Agora, serão 144. Apesar do número ter diminuído, ainda há bons nomes no line-up. Os destaques ficam por conta de Alok, David Guetta, Armin van Buuren, Alesso e Steve Angello. A dupla belga de house Dimitri Vegas & Like Mike é a atração mais aguardada. Entre os brasileiros, destaque para Gui Bonatto e Marky.

Apesar da redução na quantidade de palcos e de atrações, a organização do evento espera manter a perspectiva de público para os três dias de festival e receber, como no ano passado, 180 mil pessoas.

Rota obrigatória de festivais de música eletrônica, o Brasil não é mais exclusividade do Tomorrowland.

No final do ano passado, o Electric Daisy Carnival (EDC) desembarcou no Autódromo de Interlagos e levou mais de 90 mil pessoas para o local. Entre os dias 14 e 15 de outubro de 2016, é a vez do Ultra Brasil, que será realizado no Parque do Flamengo, na zona sul do Rio de Janeiro. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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