Política

Segundo Comissão de Inquérito, GRU Airport dificulta fiscalização sanitária

A Comissão Especial de Inquérito (CEI) da Câmara de Guarulhos que investiga irregularidades cometidas pela GRU Airport na administração do aeroporto realizou na manhã desta quinta-feira (21) mais uma reunião. Desta vez o assunto foi a proibição imposta pela empresa ao Departamento de Vigilância Sanitária da Secretaria Municipal de Saúde de exercer sua função fiscalizadora em toda a zona aeroportuária.
 
De acordo com Valeska Aubin Zanetti Mion, diretora do órgão da Prefeitura, a GRU Airport reconhece como fiscalizador somente a Anvisa, que, no entanto, não emite alvarás sanitários. Assim, muitos estabelecimentos estão com esta documentação vencida. “Todo tipo de dificuldade nos é imposta para realizar este trabalho”, acrescentou Valeska.
 
Também presente à reunião, a gerente técnica Luciana Fontes contou que a equipe da Anvisa é insuficiente para realizar este trabalho, por isso demonstrou interesse na ação conjunta entre os dois órgãos. “Conseguimos no início do ano fiscalizar sete estabelecimentos no aeroporto, incluindo drogarias, mas, num universo de 140, este número é insignificante”, declarou Luciana. Ela confirmou, na sequência, denúncias de que nem a água dos bebedouros é fiscalizada.
 
O vereador Eduardo Carneiro (PSB) se mostrou indignado com os relatos. “Não é possível que o maior aeroporto do País se encontre nesta situação, oferecendo um risco sanitário à população”, lamentou. O vereador Marcelo Lula Seminaldo (PT) também foi crítico: “A GRU Airport não respeita ninguém, permite aos restaurantes oferecer às 130 mil pessoas que circulam diariamente pelo aeroporto refeições caríssimas sem passar por nenhum tipo de controle sanitário, ou seja, de procedência duvidosa”, afirmou.
 
Para a próxima reunião da CEI, marcada para quinta-feira (28), os vereadores devem convocar representantes da Anvisa para dar mais detalhes sobre esta situação.
 

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