Após cinco anos do início das acusações sobre o desvio de verbas do programa Segundo Tempo em Guarulhos, o assunto volta a ser discutido na Câmara. O motivo foram às novas denúncias envolvendo o atual ministro do Esporte, Orlando Silva (PC do B), a frente da pasta desde 2006, que segundo consta teria recebido propina na garagem do ministério em Brasília, reforçando a participação em um esquema que desviava dinheiro público usando ONGs como fachada.
Segundo Geraldo Celestino (PSDB) as denúncias feitas em nível nacional, reflete a irresponsabilidade do município que começou a investigação, mas não concluiu. "Era um projeto que deveria educar as crianças, trazer benefícios para a cidade, contudo foi utilizado como fachada para caracterizar o desvio de dinheiro público", enfatizou Celestino. As declarações de Celestino incomodaram a vereadora Luiza Cordeiro (PC do B) que se exaltou na tribuna para defender seu colega de partido. "O ministro foi o primeiro a se colocar a disposição da Justiça", enfatizou a vereadora.
O projeto Segundo Tempo foi um convênio firmado entre o Ministério do Esporte e a Prefeitura de Guarulhos, com verba repassada à municipalidade no total de R$ 4,9 milhões. Em 2007, o vereador solicitou a criação de uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) com o propósito de investigar as denúncias apresentadas em relatório simplificado na audiência pública. Na época o pedido foi rejeitado pelos vereadores com 11 votos contrários.
