Estadão

Segurança e gratuidade foram fundamentais para popularização do Pix, diz diretor do BC

O diretor de Organização do Sistema Financeiro e de Resolução do Banco Central, Renato Dias de Brito Gomes, disse nesta segunda-feira, 4, que a segurança e a gratuidade no uso do Pix foram fundamentais para popularizar a plataforma de pagamentos em tempo real. No último trimestre do ano passado, o instrumento já representava 1/3 de todos os pagamentos eletrônicos do País.

"O Pix é muito seguro, e essa confiança foi transmitida com sucesso para os brasileiros. Além disso, o Pix é gratuito para as pessoas físicas. É uma experiência do usuário muito conveniente, versátil e segura, e ainda por cima de graça. Isso explica o sucesso", afirmou o diretor, na live semanal da instituição.

Gomes destacou a inclusão financeira proporcionada pelo instrumento. Segundo ele 71,5 milhões de pessoas que nunca tinham realizado transferências eletrônicas de recursos passaram a usar o Pix. "O sistema financeiro se abriu para muita gente. E o comércio online se abriu para as pessoas que não têm cartão de crédito", acrescentou.

O BC publicou nesta segunda-feira o "Relatório de Gestão do Pix – Concepção e primeiros anos de funcionamento 2020-2022", com as principais estatísticas do instrumento até o ano passado. O documento mostra, por exemplo, que a maior transação já realizada pelo Pix teve o valor de R$ 1,2 bilhão, em dezembro de 2022.

O valor médio das operações naquele mês, porém, foi de R$ 257. Considerando ainda esses números com mais de nove meses de defasagem, o BC afirma que o valor médio das operações de pessoas físicas desde o lançamento do Pix é de R$ 200.

Os dados publicados nesta segunda-feira se referem ao fim do ano passado, quando 133 milhões de pessoas físicas e 11,9 milhões de empresas usavam o instrumento. Na comparação com dezembro de 2021, o valor transacionado na plataforma de pagamentos em tempo real saltou de R$ 718 bilhões para R$ 1,2 trilhão por mês no fim de 2022.

Para o diretor, apesar do sucesso na adoção do Pix pelas pessoas físicas, ainda há espaço para crescimento nas transações com empresas e entes governamentais. "Hoje 70% das empresas que têm relacionamento bancário já utilizam o Pix. Em dezembro ano passado, os pagamentos de pessoas físicas para empresas já representavam 24% das operações e têm crescido desde então. É importante que os consumidores peçam descontos quando pagarem com o Pix", relatou. "Novos produtos, como o Pix Automático, vão ampliar ainda mais a versatilidade desse meio de pagamento", projetou.

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