O governo de Minas Gerais criou uma força-tarefa para avaliar o impacto do rompimento da barragem Fundão em Mariana (MG) no meio ambiente e na população. Participam do grupo representantes das secretarias de Estado de Desenvolvimento Regional, Política Urbana e Gestão Metropolitana, Meio Ambiente, Coordenadoria de Defesa Civil, Advocacia-Geral do Estado (AGU), Instituto Mineiro de Gestão de Águas (Igam) e Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig).
Também fazem parte da comissão os prefeitos de Mariana, Governador Valadares, Ipatinga, Rio Doce, Belo Oriente e Tumiritinga – as quatro últimas cortadas pelo Rio Doce, contaminado pela lama que vazou com o rompimento da barragem.
O decreto criando o grupo foi publicado no Diário Oficial do Estado de sábado. O texto prevê a participação de representantes de outros municípios, caso seja necessário.
Medidas corretivas
A força-tarefa terá de levantar dados, emitir relatórios, apresentar conclusões e propor medidas corretivas e restauradoras sobre danos humanos, ambientais e materiais decorrentes do desastre em Mariana.
O grupo tem 60 dias para apresentar o relatório final ao governador. “A proposta é centralizar as demandas e evitar a fragmentação de iniciativas e ações que poderiam enfraquecer o efeito das medidas”, afirma o secretário Tadeu Martins Leite, responsável pela pasta de Desenvolvimento Regional.
Na sexta, o governo de Minas também se uniu ao do Espírito Santo para propor medidas em conjunto contra a Samarco.
Protestos
Cerca de 300 pessoas, conforme a Polícia Militar, fizeram manifestação contra a Samarco no sábado, 21, em Belo Horizonte. Com faixas e cartazes contra a mineradora, o grupo caminhou da Praça Afonso Arinos até o Memorial da Vale – a empresa é a controladora da Samarco, junto com a anglo-australiana BHP Billiton -, na Praça da Liberdade.
Também no sábado, parentes e amigos dos desaparecidos em Mariana fizeram um protesto na cidade para pedir que as buscas não sejam encerradas. Até a tarde de ontem, 11 pessoas, entre moradores e funcionários da Samarco, permaneciam desaparecidas.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.