Sob impacto da pandemia do novo coronavírus, seis entre as oito atividades do varejo registraram perdas na passagem de fevereiro para março, segundo os dados da Pesquisa Mensal de Comércio divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A alta nas vendas de supermercados e farmácias, consideradas atividades essenciais, evitou um desempenho ainda pior do comércio varejista, que encolheu 2,5% no mês.
"Nesse caso realmente o impacto é covid, tanto do lado positivo quanto negativo", disse Cristiano Santos, analista do IBGE.
As perdas ocorreram em Tecidos, vestuário e calçados (-42,2%), Livros, jornais, revistas e papelaria (-36,1%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-27,4%), Móveis e eletrodomésticos (-25,9%), Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-14,2%) e Combustíveis e lubrificantes (-12,5%).
Por outro lado, as vendas de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo saltaram 14,6%, enquanto o setor de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos vendeu 1,3% mais.
Já no comércio varejista ampliado, que inclui as atividades de veículos e material de construção, o volume de vendas recuou 13,7% em março ante fevereiro. O setor de Veículos, motos, partes e peças encolheu 36,4%, enquanto Material de construção teve redução de 17,1%.
Segundo Cristiano Santos, a queda no volume vendido foi recorde em março ante fevereiro nas atividades de veículos, combustíveis, vestuário, livros, móveis e eletrodomésticos, material de construção e outros artigos de uso pessoal e doméstico. Por outro lado, o setor de supermercados teve o maior avanço já registrado.