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Seis meses do nada ao lugar algum

Não passa um dia sequer sem que a grande imprensa não traga um novo escândalo que envolve diretamente gente do alto escalão da presidente Dilma Roussef (PT). Nesta semana, ela precisou fazer uma faxina no Ministério dos Transportes, tantos são os indícios de irregularidades. São informações concretas que apontam para o superfaturamento em obras, favorecimento a empresas de pessoas intimamente ligadas ao governo, tráfico de influência etc.


Aliás, ficar correndo atrás do prejuízo foi tudo que a presidente fez neste primeiro semestre. Toda aquela conversa do ano passado, quando Dilma fazia e acontecia, não passou de balela em tempos de campanha.


Pior que seu padrinho político, o ex-presidente Lula, neste início de mandato, a dama de ferro brasileira demonstra que não é do ramo. Principalmente por ter que abrigar sob suas asas toda a companheirada que veio do governo anterior, além de aliados políticos que mais parecem amigos da onça. Vive sitiada e refém de acordos partidários nem um pouco recomendáveis.


Desta forma, em vez de governar, Dilma passa o tempo administrando crises internas. Dois ministros já caíram. Outros ainda não foram embora até para evitar um desgaste maior da própria presidente. O episódio no Ministério dos Transportes só confirma o que nós, da Oposição, já sabíamos e não cansamos de denunciar: a corrupção está impregnada no governo e tem a participação direta dos mandatários. A velha história pregada por Lula, de que não sabia de nada, parece conversa para boi dormir e não encontra mais ecos junto à população.


A administração petista de Guarulhos, que segue a cartilha de Brasília, em gênero, número e grau, é o mesmo fiasco. São desmandos para tudo quanto é lado, dinheiro público mal aplicado, gente que não é do ramo em postos de destaque.


Tudo isso sob a batuta de um prefeito omisso, envolvido até as tampas com o desvio de verbas públicas, como ficou evidente no caso Água e Vida, a ONG que abastecia as contas das campanhas petistas e da família Almeida, como fazemos questão de não deixar cair no esquecimento.


Tudo isso não é por acaso. Faz parte do jeito PT de governar e de enganar a população. Ano que vem, quando chegarem as eleições, eles começam a inaugurar até postes, tentando ganhar o povo na política do pão e circo. Nisso, incluem as bolsas famílias e shows artísticos, contratados a peso de ouro com o dinheiro da população que deveria ser utilizado para melhorar a vida das pessoas.


 


Carlos Roberto de Campos


Empresário, deputado federal e presidente do Diretório Municipal do PSDB, escreve às sextas-feiras.

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