Os EUA e seus parceiros europeus estão trabalhando para conquistar o apoio da Rússia sobre um mecanismo que permitiria suspender as sanções do Conselho de Segurança das Nações Unidas contra o Irã e colocá-las rapidamente de volta em vigor se o país for pego descumprindo um acordo nuclear, afirmaram funcionários norte-americanos, europeus e russos neste domingo.
A questão, que está em discussão nos últimos dias dentro das negociações do grupo dos seis poderes com o Irã sobre seu programa nuclear, está complicando os esforços para cumprir o prazo final para definição dos detalhes políticos de um acordo.
Diplomatas disseram que as preocupações da Rússia sobre um possível enfraquecimento dos direitos de veto do Conselho de Segurança da ONU estão reduzindo a flexibilidade do grupo de seis potências para resolver um dos principais desacordos finais com o Irã: quando e em quais circunstâncias as sanções da ONU contra o Irã serão suspensas.
O cabo de guerra em torno do processo de retirar as sanções sublinha um fator que tem tornado as negociações nucleares tão complexas. Além das diferenças entre as seis potências e o Irã, há interesses contrastantes e sensibilidades políticas no seio do grupo que podem limitar as soluções.
O ministro das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, chegou a Lausanne, na Suíça, hoje, onde o grupo está reunido. Ele se encontrou com o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, nesta tarde.
As autoridades dos EUA disseram, mais cedo, que as negociações nucleares entre o Irã e os seis poderes podem continuar até o prazo final, na terça-feira, à medida que os dois lados tentam fechar um acordo sobre os principais detalhes da proposta final. O acordo final deverá entrar em vigor no dia 30 de junho.
Os funcionários disseram que as conversações fizeram progressos significativos, mas ressaltaram que algumas diferenças centrais ainda permanecem, como o ritmo de alívio das sanções, nomeadamente das medidas do Conselho de Segurança das Nações Unidas, e quais atividades nucleares o Irã poderá realizar nos últimos anos do que parece provável que seja um acordo de 15 anos. Isso inclui se o Teerã poderá executar uma pesquisa mais ampla para desenvolver infraestrutura nuclear mais sofisticada. Fonte: Dow Jones Newswires.