As seleções brasileiras masculina e feminina de ginástica artística embarcam esta semana para a Europa para um período de cerca de dez dias de aclimatação antes da estreia no Mundial, que será disputado em Glasgow, na Escócia, a partir do dia 23. Classificatório para os Jogos Olímpicos, o Mundial é a primeira grande chance de o Brasil conquistar vaga por equipes na Olimpíada.
Entre os homens, o Brasil nunca conseguiu classificar uma equipe para os Jogos – as vagas conquistadas até hoje foram somente individuais. Mas, para a edição do Rio, a expectativa é animadora. Nesta segunda-feira, no último treino antes da viagem, o ginasta Diego Hypólito demonstrou confiança. Esta será sua décima participação em mundiais.
“Quando entra num campeonato pré-olímpico é diferente. Eu me lembro de todos os campeonatos que participei. É uma sensação muito boa, mas que gera muita ansiedade. Acredito que a gente possa ficar entre os oito melhores do mundo já neste ano”, disse. “O importante é que a gente tem real chance de classificar a equipe para a Olimpíada. É uma competição que gera muita ansiedade e muita pressão.”
Opinião semelhante tem sua irmã, Daniele Hypólito. “A gente vem num momento importante. Tivemos desfalques, não está sendo fácil, mas a gente sabe que, apesar de toda a dificuldade, a gente se uniu e se focou com um objetivo só, que é classificar para a Olimpíada. A gente quer muito classificar, e já neste ano. Mas, se não der, tem o evento-teste no ano que vem.”
Para garantir vaga direta nos Jogos Olímpicos do Rio-2016, a equipe brasileira precisa terminar entre as oito melhores no Mundial de Glasgow. Caso não consiga, o time terá que ficar no mínimo entre os 16 melhores para tentar a vaga no evento-teste que será realizado em abril, no Rio.
“Classificar para a Olimpíada é nossa principal meta. A gente terá toda a torcida na nossa casa, o brasileiro tem essa coisa de ser alegre, e a gente sabe que vai ser um espetáculo muito bonito”, comentou Daniele.
Medalhista de ouro nas argolas nos Jogos de Londres-2012, Arthur Zanetti também demonstrou confiança, e não escondeu a ansiedade. “A gente trabalhou o ano todo para chegar neste momento. Você fica um pouco ansioso, querendo que comece logo para estar competindo e ver o resultado”, comentou.