Estadão

Seleção brasileira de vela é confirmada na elite da SSL Gold Cup deste ano

A Star Sailors League (SSL) divulgou o chaveamento da fase final da SSL Gold, a Copa do Mundo de nações de vela. E o Brasil já está na fase de oitavas de final no evento, que será disputado neste ano na Suíça. O país ocupa a 13.ª colocação em uma lista que leva em conta o desempenho de seus velejadores em todas as classes possíveis e com isso assegurou o direito de disputar a elite do campeonato. A ideia é eleger o campeão do mundo em cenário semelhante ao da Copa do Mundo de futebol.

As 24 melhores equipes do Ranking SSL Nations fechado na segunda-feira avançaram diretamente para a Final Series, que será disputada entre outubro e novembro deste ano. As demais equipes classificadas de 25.º a 56.º terão que passar pelo Qualifying.

A Grã-Bretanha lidera a lista, seguida pela Espanha, em segundo, e pela Austrália, em terceiro. O Brasil, embora seja considerado um dos fortes concorrentes na briga pelo título, conta com um número mais restrito de velejadores nas disputas que distribuem pontos pelo mundo. Por isso, Robert Scheidt celebrou a chance de assegurar a classificação para a fase decisiva.

"É uma notícia muito boa para nossa equipe. É bom já termos conseguido entrar na fase final. Acredito que ainda teremos um período para treinar na Suíça durante o verão (no hemisfério norte), o que será importante para nossa tripulação se entrosar mais ainda, velejar junta o máximo possível. Estou bastante animado com esse projeto. No ano passado, fizemos um belo treinamento lá, com os atletas se entrosando, e vamos treinar ainda mais. Ter a chance de velejar as oitavas e quartas também será uma ótima oportunidade para seguirmos evoluindo como time", disse Scheidt.

A SSL Gold Cup reunirá ao todo 56 nações entre os membros da World Sailing para coroar, a cada dois anos, a melhor nação da vela. Como na Copa do Mundo de futebol, as primeiras rodadas de qualificação selecionam os times que avançam para as fases eliminatórias. Todas as regatas terão flotilhas de quatro barcos até as oitavas de final. As equipes serão colocadas em chaves, com os oito primeiros colocados garantidos nas quartas.

Duas flotilhas de quatro barcos competem nas quartas de final para selecionar as quatro equipes que participam da única regata da Grande Final. O vencedor desta será coroado o campeão do mundo. "Contam os cinco primeiros do ranking mundial de timoneiros e os dois primeiros proeiros. Com Martine Grael, Robert Scheidt, Henrique Haddad e Jorge Zarif, além da Kahena Kunze, conseguimos chegar nessa 13.ª posição. Dos 56 países, já estamos entre os 24", explicou o chefe da equipe, Bruno Prada. "A meta era ficar entre os 16. Nem acho bom sair entre os oito primeiros, pois é legal vir de um aquecimento com regatas", completou.

O Brasil ainda deve fazer treinos antes do campeonato que vai decidir os classificados entre o nono e o 24.º lugar. Os oito primeiros entram diretamente na disputa pela medalha. "Importante conseguirmos patrocínios para unir essa galera. O Brasil foi muito bem no evento-teste do ano passado, quando ficamos em segundo, perdendo a final para a Croácia. Mostrou que o time tem grande potencial", afirmou Scheidt.

No ano passado, a seleção brasileira de vela ficou com o vice do evento-teste da SSL Gold Cup, disputado no Lago Neuchâtel, na Suíça. Na grande final contra Suíça, Hungria e Croácia, o barco brasileiro manteve bom desempenho e velocidade das provas anteriores, mas foi superado no final pelos croatas, que levaram o título. O terceiro lugar ficou com os húngaros.

Na ocasião, o veleiro contou com mais oito nomes de peso da modalidade, além de Robert Scheidt, como Martine Grael, Kahena Kunze, Henrique Haddad (coach), Gabriel Borges, Henry Boening, Juninho de Jesus, Joca Signorini, Alfredo Rovere e André Fonseca.

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