Estadão

Seleção de handebol masculino estreia em Tóquio contra Noruega: Será uma guerra

A seleção brasileira masculina de handebol estreia nesta sexta-feira, às 21 horas (de Brasília), nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020. O adversário será a Noruega, considerada uma das favoritas ao título. A equipe do técnico brasileiro Marcus Tatá aproveitou os últimos dias de preparação para estudar os vídeos dos confrontos dos noruegueses no período de preparação. Após apontar os pontos vulneráveis do adversário, o treinador ajustou o time taticamente para estrear com vitória na Olimpíada, assim como foi em 2016, quando venceu a Polônia, no Rio de Janeiro.

Mesmo tendo passado por um período intenso de preparação nos últimos 40 dias, a seleção brasileira sabe que o jogo contra a Noruega não será fácil. Na última vez que os dois times se enfrentaram, na primeira rodada do Pré-Olímpico, o Brasil foi derrotado. Agora, a expectativa dos atletas está completamente diferente.

"A Noruega é um dos melhores times do mundo, possui grandes atletas e precisa ser respeitada. Mas acredito que estamos mais preparados do que no último jogo. Agora estamos vindo de cerca de 40 dias de preparação em Portugal, na Alemanha, em Ota e agora aqui na Vila Olímpica. A verdade é que não teremos nenhum jogo fácil. Se conseguirmos estrear com um resultado positivo será muito bom", afirmou o lateral-esquerdo Haniel Langaro, que atualmente defende o Barcelona, na Espanha.

Para o ponta esquerda Felipe Borges, o jogo será uma verdadeira pedreira. "Vai ser uma guerra. Tivemos uma experiência contra eles no Pré-Olímpico, quando fomos derrotados. É um time respeitado pela sua qualidade. Eles também fazem um tipo de jogo que dificulta nosso sistema ofensivo, com uma marcação muito forte no meio. Nosso objetivo é a vitória e fazer a melhor apresentação que já fizemos vestindo a camisa da seleção", afirmou.

Há poucas horas de entrar em quadra pela primeira vez na Olimpíada, os atletas brasileiros trabalham também para enfrentar um outro adversário: a ansiedade. "Nós temos que usar essa ansiedade a nosso favor, buscando fazer sempre mais e melhor, com muita atenção durante os 60 minutos. Mas toda essa ansiedade termina quando a partida começa e a gente se acerta em quadra. Vamos em busca da vitória e a ansiedade pode nos ajudar", afirmou Felipe Borges, que disputou a Olimpíada de 2008, em Pequim, na China.

Além da Noruega, o grupo do Brasil ainda conta com França, Espanha, Argentina e Alemanha. "Estamos em um grupo com campeões olímpicos e mundiais. São adversários importantes, mas sabemos da nossa força e estamos muito igual se formos analisar posição por posição. Nosso objetivo aqui é uma medalha, então precisamos ir para cima de todos os adversários", afirmou Haniel.

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