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Sem ação do Aché e da NovaDutra, passarela oferece riscos a pedestes

A passarela permite a travessia apenas sobre as pistas espressa e lateral da rodovia mas termina antes da marginal

Tanto pedestres quanto motoristas têm enfrentado dificuldades ao passar pelo km 222 da Rodovia Presidente Dutra, poucos metros antes do acesso ao Viaduto Cidade de Guarulhos. O motivo é a passarela existente no local, em frente a empresa Aché Laboratórios Farmacêuticos S.A., construída para proporcionar a travessia dos pedestres em segurança garantindo a fluidez do tráfego na região. No entanto, na prática não é o que tem acontecido.

A passarela permite a travessia apenas sobre as pistas espressa e lateral da rodovia mas termina antes da marginal. Assim, para chegarem ao ponto de ônibus instalado no sentido Rio de Janeiro ou às empresas como o próprio Aché, os pedestres precisam se arriscar a atravessar a última via diante de um semáforo. Mas nem sempre os veículos param no sinal vermelho. Após a recapagem da via, inclusive, nem faixa para pedestres existe no local.

“Esse semáforo atrapalha muito. Às vezes estou quase no final da passarela, ele fecha e não dá tempo de eu chegar e acabo perdendo o ônibus que já está no parado no ponto”, afirmou Joseli Honório da Silva. Segundo o secretário municipal de Transporte e Trânsito, Atílio Pereira, a Prefeitura já solicitou a CCR NovaDutra, concessionária que administra a via, que realize estudos para a ampliação da passarela, no entanto não obteve resposta.

“A responsabilidade é da NovaDutra e já informamos a eles que a maioria dos atropelamentos na via se concentra nos lugares onde não se completa a travessia pelas passarelas”, ressaltou Pereira.

A passarela é utilizada por diversos trabalhadores que em horários de pico sofrem para chegar ao destino. “Seria muito mais proveitoso se ela chegasse até o final da Dutra e não tivéssemos que parar neste semáforo, principalmente porque alguns motoristas não respeitam o momento de parada e quase atropelam a gente”, ressaltou a recepcionista Marcelle Bittencourt.

O semáforo acaba sendo também um obstáculo para os motoristas que pretendem chegar ao Viaduto para entrar na cidade, já que ele obstrui o tráfego de veículos principalmente nos horários de maior movimento. “Em diversos momentos do dia o congestionamento fica insuportável. Mal saímos desse trecho com essa passarela e já nos deparamos com outra ali na frente deixando tudo um caos”, afirmou o motorista Mário Mendes de Carvalho.

Ampliação de passarela depede de acordo entre concessionária e laboratório farmacêutico

A solução para este imbróglio seria a ampliação da passarela em pouco mais de dez metros de forma que ela possibilite a travessia completa por todas as pistas da Via Dutra. No entanto, segundo o secretário, para que isso acontecesse deveria existir uma parceria entre a NovaDutra e o laboratório Aché, empresa que procura evidenciar sua participação na sociedade por ações voltadas à comunidade. No entanto, neste caso, não há qualquer ação social que inclusive seria útil para seus próprios funcionários, que também são expostos a riscos no local.

“Tem que ter uma concordância entre a concessionária e a empresa. Isso poderia ser resolvido com a doação de parte do terreno para a ampliação da passarela e a adequação do projeto para que haja o mínimo de interferência possível”, afirmou Pereira.

Cientes do congestionamento no local, a CCR NovaDutra informou que já solicitou a Prefeitura a reprogramação dos semáforos que estão fora de sincronismo naquele trecho. No entanto, segundo nota enviada pela concessionária, não há nenhum projeto de ampliação da passarela, uma vez em que a continuidade da mesma, por se tratar de desapropriação de área particular, deve ser tratada pela Prefeitura.

Já a Aché se restringiu a informar, por meio de nota emitida por sua asessoria, que não há nenhum projeto na empresa relacionado à passarela.

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