Economia

Sem acordo, aeronautas e aeroviários podem entrar em greve

Empresas aéreas se recusam a mudar proposta já apresentada

As empresas aéreas não mudaram a proposta e mantiveram o aumento de 3% sobre os salários e de 5% sobre o piso para aeronautas e aeroviários, após reunião na última quarta-feira, com o Sindicato Nacional dos Aeroviários. As duas categorias querem um total de 13% de aumento, o que significa reposição da inflação mais aumento real em torno de 4,5%. Se persistir o impasse, a categoria poderá iniciar uma greve no começo do mês que vem. "O descontentamento é geral de ambas as categorias e nem a participação nos lucros está sendo pago pelas companhias aéreas. O índice de aumento que pedimos é totalmente compatível com o mercado", disse Marlene Ruza, diretora do Sindicato Nacional dos Aeroviários.

Na próxima quarta-feira, sindicalistas e trabalhadores do setor farão um protesto no Aeroporto, reivindicando melhores salários. "As companhias alegam que não podem dar o aumento devido a crise na Europa que poderá refletir no setor, e também, um aumento nas passagens aéreas caso o salário seja reajustado em 13%", argumentou a diretora.

Os sindicatos dos aeroviários e dos aeronautas já haviam classificado a proposta das companhias como sendo "ridícula". "A possibilidade existe e poderá acontecer no próximo mês caso as negociações não avancem", concluiu Marlene Ruzo. Na tarde de ultima quarta-feira, mais de cem trabalhadores do setor aéreo reuniram-se no saguão do Aeroporto de Congonhas, na Zona Sul da Capital, com o objetivo de chamar a atenção dos passageiros para a negociação salarial.

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