Cerca de 180 fiscais de Guarulhos iniciaram nesta quarta-feira greve por tempo indeterminado. Ao todo, são 240 na cidade e, os únicos que não aderiram ao movimento são aqueles com cargos comissionados. Um protesto no Paço Municipal que reuniu 140 fiscais marcou o início da paralisação da categoria. Há cinco anos a os fiscais vem lutando – sem sucesso – pela reclassificação salarial do piso a nível superior junto ao governo municipal. Além disso, a classe também pede maior investimento do município. "Além da reclassificação salarial, pedimos adicional de graduação e competência específica ara cada tipo de fiscalização", explicou uma das líderes da comissão dos agentes fiscais do município, Maura Ferrato.
Atualmente, o piso pago pelo Governo Municipal é um dos menores da categoria no Estado. Enquanto que em Guarulhos os fiscais recebem R$2.212, 18 ao mês por uma jornada mensal de 200 horas, ficais de Osasco – por exemplo – recebem R$ 3.025,15 pela metade da carga horária. Agentes de outros municípios que tem a mesma carga horária dos de Guarulhos, também recebem mais. É o caso dos de São Bernardo do Campo (R$5.016,15), Santos (R$4.072,16) e Ribeirão Preto (R$4.878,57). "Todas as secretarias que possuem fiscais adeririam a greve. É o caso da Secretaria de Finanças, de Desenvolvimento Urbano, Saúde e do Meio Ambiente", disse a líder da comissão.
Com a greve, serviços tributários, regulamentação de obras e regulamentação das atividades econômicas, bem com a implantação da Nota Fiscal Guarulhense ficam muito prejudicadas. Os agentes reclamam também de pouco investimento da Prefeitura no setor, o que vem fazendo com o município deixe de aumentar sua capacidade de arrecadação tributária.
Para isso, basta analisar os números da Secretaria do Tesouro Nacional. Em 2010, Guarulhos arrecadou pouco mais de R$ 485 milhões em tributos, enquanto que cidades bem menores do Estado arrecadaram mais. É o caso de São Bernardo do Campo (R$ 577.907.404 milhões) e Santos (R$ 531.945.336 milhões)
