Estadão

Sem acordo com sindicato, Caoa Chery comunica demissões na fábrica fechada em Jacareí

Após anunciar no início do mês o fechamento da fábrica de Jacareí, no interior paulista, a montadora Caoa Chery enviou nesta quarta-feira, 25, telegramas aos funcionários comunicando o encerramento dos contratos de trabalho.

O aviso das demissões acontece antes de a montadora chegar a um acordo em torno das indenizações, adicionais às verbas rescisórias legais, que serão pagas aos trabalhadores em razão do fim da produção. Ao comunicar o fechamento da fábrica, onde eram montados utilitários esportivos e sedãs, a Caoa Chery informou que a unidade passará por adaptações para voltar a funcionar apenas em 2025 com a produção de carros híbridos ou totalmente elétricos.

O sindicato dos metalúrgicos da região segue mobilizado pela suspensão das demissões. Contudo, a empresa argumenta que não pode aceitar a proposta sindical de layoff, com a suspensão dos contratos por cinco meses, e estabilidade de emprego pelos três meses seguintes, porque não pretende retomar as atividades nesse período.

No comunicado em que confirma o envio dos telegramas de demissão, a montadora assegura que vai cumprir com todos os direitos trabalhistas, incluindo o depósito das verbas rescisórias legais. Também informa que segue aberta às negociações com a direção sindical. Conforme número do sindicato, por volta de 480 trabalhadores foram demitidos.

Enquanto o sindicato acusa a direção da montadora de quebrar um compromisso de abertura de layoff, a empresa classifica como "inflexível" a postura dos representantes dos trabalhadores nas negociações. Também relata que a fábrica foi danificada ontem durante ocupação de aproximadamente 200 trabalhadores em protesto contra o fechamento.

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