Estadão

Sem definições do novo governo, mercado vê risco fiscal

As incertezas que cercam a definição da política fiscal do governo eleito dominaram, na semana passada, as reuniões de dirigentes do Banco Central com representantes do mercado financeiro. Segundo relato de analistas, alguns deles já discutem a possibilidade de aumento da inflação e até de retomada do ciclo de alta de juros, como resultado de uma elevação dos gastos públicos.

Neste momento, a maior parte das incertezas se concentra na chamada Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição, articulada pelo governo eleito para autorizar uma "licença" para despesas fora do teto de gastos no ano que vem.

As estimativas para essa licença tem girado entre R$ 175 bilhões e R$ 200 bilhões – a maior parte para continuar bancando o pagamento de um Auxílio Brasil de R$ 600.

Sobre o cenário internacional, a despeito de um índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos menor do que o esperado em outubro, a maior parte dos analistas avaliou que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) terá de elevar os juros acima do nível atualmente precificado pelo mercado.

As informações são do jornal <b>O Estado de S. Paulo.</b>

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